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Não foi o ano do Linux, mas foi a década onde o Open Source conquistou o mundo

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Todos os anos, temos a mesma piada: “este ano vai ser o ano do Linux no desktop”. E isso nunca aconteceu, já que o sistema é simplesmente marginal. Dificilmente veremos a piada virar verdade, mas uma verdade está consolidada: esta foi a década onde o Open Source conquistou tudo. Você usa ele todos os dias sem saber, e a coquista silenciosa marcou uma das maiores vitórias da tecnologia nos últimos anos.

Hoje, você usa o Open Source nos smartphones, nos servidores e nas compras, se tornando componente crucial de praticamente todos os dispositivos e serviços do nosso dia a dia. O Android é o melhor exemplo disso, uma vez que a base do software é o AOSP (Android Open Source Project, que é um projeto Open Source.

A Netflix é outro exemplo, já que usa plataformas Open Source no seu serviço de streaming desde 2015. Facebook e Twitter também aproveitam vários projetos desse tipo e oferecem suas próprias soluções de software Open Source via GitHub.

Ah, sim… Google e Amazon também fazem bom uso do Open Source, mas com um aproveitamento discutível, com acusações de cópias de softwares de terceiros.

 

 

Todo mundo usa… e compra

Gigantes de tecnologia se lançaram às compras de empresas que apostam no Open Source. Em alguns casos, eram compras gigantescas… né, IBM, que comprou a Red Hat por US$ 34 bilhões? E a Microsoft, que surpreendeu o mundo ao comprar o GitHub por US$ 7.5 bilhões?

Tais operações foram se repetindo de forma frequente, onde algumas gigantes de tecnologia adquiriram várias empresas Open Source que, para muita gente, eram ilustres desconhecidas, mas que ganhavam terreno em diversos campos. E todos esses investimentos ocuparam um espaço importante, especialmente em soluções empresariais onde tais serviços acabam contando com um impacto maior.

 

 

Gigantes da tecnologia “presenteando” códigos

Outra tendência está no fato das gigantes de tecnologia publicarem diversos projetos, aplicativos e serviços com algum tipo de licença Open Source. Essas empresas buscam atrair os desenvolvedores para que os mesmos ajudem a melhorar o projeto e o viralizem, com o reforço positivo da marca quando esta aposta no Open Source.

Tal estratégia está sendo benéfica para a indústria e para os usuários. Vários projetos seguem respaldados pelas empresas que os criaram, mas acessar o código do software era algo impensável por parte de empresas como a Microsoft, que por anos considerou o Open Source um demônio e agora o abraça com um surpreendente amor (graças ao Satya Nadella).

 

 

As provas da mudança de pensamento da Microsoft? A Azue é uma dessas provas, mas plataformas como o Windows Terminal também tem o seu código do GitHub.

Já outras empresas querem uma melhor reputação com os desenvolvedores. Um dos mais destacados é a inteligência artificial, e aqui tanto o Google (com o Tensorflow) como o Facebook (com o PyTorch) são claras referências a essa panorama.

Foi uma década crucial para o Open Source. A filosofia de software que defende o compartilhamento do código, reutilizá-lo e modificá-lo para torná-lo melhor nunca foi encarada como assombro pelos desenvolvedores, e hoje essa ideia se materializa como uma das maiores vitórias do mundo da tecnologia nos últimos dez anos.

Quem diria…


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