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Na Europa, youtubers criam sindicato para enfrentar o Google

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Com a fogueira das vaidades que aquece os corações dos youtubers brasileiros, eu duvido que isso venha a acontecer por aqui no futuro. Mas é inevitável pensar que tal medida pode servir de inspiração para os mais conscientes.

A fauna dos youtubers é densa é peculiar. Tem gente que só quer alcançar a fama viral a todo custo, expondo suas vidas. Por outro lado, o Google não vem sendo cordial com os seus parceiros em sua relação de negócios com os criadores de conteúdo mais sérios.

A tenção entre os dois extremos chegou ao ponto dos youtubers (lá fora) começarem a criar organizações laborais e sindicatos. Algo que antes parecia inofensivo, mas que começa a tomar tons mais sérios com um projeto que apareceu na Europa.

 

 

Youtubers agora querem falar com o YouTube, e a sério

 

 

Um grupo de youtubers está se associando com o maior sindicato da Europa para pressionar o Google. O YouTubers Union se associou com a IG Metall, sindicato alemão de trabalhadores metalúrgicos que é o maior da Europa. Só por essa decisão, esses youtubers recebem automaticamente um maior poder e forma na hora de debater um futuro abuso laboral dentro da plataforma de vídeos.

O YouTubers Union nasceu em 2018 pelas mãos de Jörg Sprave, que é hoje o seu atual líder. Ele possui um canal na plataforma com mais de 2 milhões de assinantes. Sprave enviava conteúdos de tutoriais sobre como construir armas caseiras, até que o YouTube considerou que não era muito ético monetizar os seus conteúdos.

Seu sindicato nunca foi muito relevante, mas ao entrar na IG Metall, ele renasceu como FairTube, um novo sindicato que pretende pressionar o Google e o YouTube, pedindo uma maior transparência sobre as suas regras na hora de monetizar vídeos ou retirar a possibilidade dos mesmos em serem monetizados.

Agora, é apenas uma questão de tempo para que surja o primeiro pleito entre as duas entidades. Depois disso, o YouTube começa a ser pressionado mais a sério pelos produtores de conteúdo.

Diferente do viés político que o Brasil tomou para tudo nos últimos anos, os sindicatos são fundamentais para reivindicar e garantir direitos laborais em diferentes categorias. Repito que uma causa como essa no Brasil seria impossível, pois a fauna dos youtubers brasileiros não falam a mesma língua. Porém, se algum dia isso acontecer, será de muita importância para deixar a plataforma mais profissional e justa para produtores de conteúdo de diferentes níveis.

 

 

A resposta do Google

 

 

No lugar de responder de forma direta sobre as acusações e a criação da organização, o Google optou por lembrar o que já faz para os criadores de conteúdo.

O Google afirmou que o YouTube compartilha a maior parte dos lucros gerados com os criadores, por outro lado, detalhou o complexo equilíbrio que tem em manter a segurança dos usuários, a sustentabilidade da plataforma para os anunciantes o negócio com os criadores (em clara referência à desmonetização dos vídeos).

Por fim, o Google “valoriza a opinião” dos criadores de conteúdo através de várias vias, mas não deixa claro se o sindicato será uma dessas vias. Pela lei, o YouTube é obrigado a responder os questionamentos do sindicato em menos de um mês.

 

 

Via Engadget


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