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Motorola Moto G22: vale a pena?

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Todo mundo quer um smartphone que seja bom e barato, não é mesmo? Pagar menos para ter o melhor desempenho, as melhores fotos e uma bateria de autonomia que dura o máximo de tempo possível longe do computador é o sonho de muitos, ou a necessidade de outros tantos.

E um dos smartphones que está povoando o sonho de muitos usuários nos últimos tempos é o Motorola Moto G22, modelo que se propõe a oferecer pelo menos três características muito chamativas para atrair os olhares da maioria dos usuários. Porém, é sempre importante olhar para todos os detalhes de qualquer dispositivo, para identificar eventuais surpresas.

Neste post, vamos analisar esses pontos de destaque do Motorola Moto G22, e tentar descobrir se ele realmente vale a pena para aqueles que procuram a melhor relação custo-benefício em um smartphone.

 

Tela com taxa de atualização de 90 Hz

Começando pela tela.

O Motorola Moto G22 possui uma tela IPS de 6,5 polegadas, com resolução HD+ (1600 x 720p) e taxa de atualização de 90 Hz.

Aqui, a Motorola aposta em uma maior fluidez de tela para compensar as demais características de hardware do dispositivo (eu falo mais sobre isso daqui a pouco) e até mesmo os detalhes que estão implícitos nessa tela.

É sempre importante lembrar que estamos diante de um smartphone de entrada e, por conta disso, o modelo vai naturalmente oferecer características mais modestas. Por isso, é preciso sempre observar onde o modelo pode oferecer vantagens em relação aos seus concorrentes de categoria e preço.

Neste caso, o Motorola Moto G22 não é um dispositivo pensado para quem quer consumir conteúdos de vídeo por streaming ou jogos (ele até consegue fazer isso, mas não entrega a melhor experiência), já que o ideal aqui seria contar com uma tela com resolução FullHD+.

Por outro lado, essa taxa de atualização de tela de 90 Hz é algo pouco comum entre os telefones de entrada disponíveis no mercado, entregando uma experiência de uso mais fluída para utilização do sistema operacional. E isso não deixa de ser uma vantagem bem interessante para os usuários.

Para quem quer ter um telefone de entrada um pouco mais ágil para as suas atividades mais básicas, o Motorola Moto G22 deve ser considerado por conta desse diferencial.

 

Câmera de 50 MP em um telefone de entrada

Eu sei que já falei por algumas vezes que não devemos ficar impressionados com o número de megapixels presente em uma câmera para fotos e vídeos. Vários outros fatores, como o processador e o software de fotografia (e sua capacidade de pós-processamento) entram na equação para a entrega da melhor imagem.

Porém, entendo que dá para ficar um pouco mais animado com o que o Motorola Moto G22 está entregando neste caso.

O modelo tem como principal apelo de compra a presença de um sensor fotográfico de 50 MP, com abertura f/1.8. Ou seja, estamos diante de uma câmera que tem potencial para entregar fotos bem competentes para aqueles que só querem compartilhar os melhores momentos da vida com amigos e familiares nas redes sociais.

Por outro lado, as demais lentes (Ultrawide, Macro e Sensor de Profundidade) são bem mais modestas nas suas especificações, de modo que os resultados registrados por esses sensores tendem a ficar um pouco abaixo do esperado.

De qualquer forma, a grande maioria dos usuários deve se contentar em utilizar a câmera principal na maioria dos casos, o que deve atender bem para os potenciais compradores do Motorola Moto G22. Dá até para dizer que não podemos reclamar do que vamos receber aqui, já que poucos telefones dentro da sua categoria se propõem a entregar tanto por tão pouco.

Já a câmera frontal de 16 MP entrega o básico mesmo. Não espere muito das selfies neste caso.

 

Bateria de 5.000 mAh

O Motorola Moto G22 possui uma bateria de 5.000 mAh, que é compatível com o carregador de recarga rápida de 20W. E aqui, existem também os dois lados da moeda.

É fácil imaginar que a autonomia de uso do Motorola Moto G22 vai alcançar com relativa facilidade a marca de um dia de uso longe da tomada, e motivos para essa afirmação não faltam.

O seu hardware é naturalmente mais modesto, com uma tela HD+, um processador de entrada e a ausência de alguns recursos de conectividade que poderiam elevar o consumo de energia. Além disso, o seu software possui poucas modificações por parte da Motorola, e sempre se destacou por entregar uma elevada otimização, trabalhando bem com as especificações presentes nesses telefones.

Por outro lado, os usuários precisam se programar com uma certa antecedência para realizar o procedimento de recarga de bateria do Motorola Moto G22. Apesar do carregador de 20W ser considerado “rápido”, ele é menos veloz do que outros acessórios similares que encontramos em smartphones concorrentes. E como estamos diante de uma bateria de 5.000 mAh, é possível que ele leve mais tempo que o desejado para concluir o processo de recarga.

De qualquer forma, é outro ponto que não dá muito para reclamar neste caso. Quando olhamos para os concorrentes de preço e categoria, ou encontramos números similares ou inferiores. Ou seja, entendo que o usuário está recebendo o justo para o que está pagando.

 

Processador, memória e armazenamento

Este é outro ponto que os potenciais compradores do Motorola Moto G22 precisam prestar muita atenção.

O modelo recebe o processador MediaTek G37 de 2.3 GHz Octa-Core, trabalhando com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. Aqui, mesmo considerando esse processador minimamente competente para realizar a grande maioria das tarefas que este smartphone está propenso ou destinado a fazer (ou seja, as tarefas básicas – navegação na internet, redes sociais, leitura de e-mails, mensagens instantâneas, reprodução de música e, eventualmente, jogos casuais e reprodução de vídeos por streaming), essa quantidade de RAM pode ser insuficiente para executar muitos aplicativos ao mesmo tempo.

O bom senso e o cenário de presente no comportamento do usuário pedem que qualquer smartphone Android que queira trabalhar bem com múltiplos aplicativos por um longo período de tempo conte com, pelo menos, 6 GB de RAM. Com apenas 4 GB, a tendência é que o dispositivo encontre em algum momento algumas dificuldades para executar apps um pouco mais pesados ou que exigem mais recursos, o que pode levar a eventuais travamentos e engasgos.

Além disso, o Motorola Moto G22 está menos propenso a receber mais atualizações de versão do sistema operacional no futuro, justamente por causa dessa limitação de RAM. E bem sabemos que a Motorola tem essa tendência em abandonar os usuários de telefones mais modestos e limitados.

Já os 128 GB de armazenamento não serão um problema para os usuários de dispositivos dentro dessa faixa de preço. É o que podemos esperar como o mínimo necessário para qualquer pessoa obter uma boa experiência de uso em um telefone desse porte, pois é um espaço mais que suficiente para salvar arquivos pessoais, fotos e vídeos.

Logo, aqueles que estão pensando em investir dinheiro no Motorola Moto G22 precisam pensar seriamente nas características do seu hardware, pois ele pode determinar a maior ou menor longevidade do dispositivo.

 

Conectividade

Como era de se esperar, o Motorola Moto G22 abre mão de alguns detalhes de conectividade para justificar a sua relação custo-benefício.

O modelo deixa de lado detalhes que não são tão relevantes assim para quem está procurando apenas e simplesmente um telefone secundário. Por exemplo, ele deixa de lado o 5G (ficando com o 4G), o NFC, o WiFi 6 e se contenta com o Bluetooth 5.0. Mas não podemos considerar tais detalhes como “perdas”, já que smartphones de entrara normalmente funcionam bem com essas mesmas características.

Se você realmente considera importante utilizar o smartphone para pagar compras por aproximação no shopping, a solução para você é pagar a mais por isso. Simples assim.

 

Motorola Moto G22: vale a pena?

O Motorola Moto G22 começa a chamar a atenção do comprador brasileiro por causa do preço sugerido por ele.

O modelo já pode ser encontrado por valores abaixo dos R$ 1.000 em eventuais promoções, e apesar do seu preço sugerido na loja oficial da Motorola ser de R$ 1.499 (ou R$ 1.349 para pagamento à vista), este telefone pode ser encontrado com facilidade com um preço médio entre R$ 1.049 e R$ 1.099.

Ou seja, ele é um smartphone barato e com alguns detalhes que realmente chamam a atenção positivamente quando olhamos para o seu preço sugerido. Logo, ele se torna uma interessante opção de compra para muita gente.

Entendo que o Motorola Moto G22 vale a pena para aqueles usuários que entenderem a proposta do produto e, principalmente, para quem está muito consciente sobre o que ele pode oferecer a médio e longo prazos. Este é um dispositivo de entrada que pode oferecer uma interessante relação custo-benefício para os usuários de entrada neste momento, mas tenho sérias preocupações sobre o futuro do dispositivo.

Se você precisa de um telefone em modo emergencial porque o seu smartphone principal foi roubado ou despencou de um prédio de oito andares, ou quer um dispositivo secundário para aquele mega festival de música no Rio de Janeiro e não tem coragem de arriscar o seu Galaxy S22 Ultra no evento, o Motorola Moto G22 pode atender muito bem as suas necessidades.

Agora, tenha sempre em mente a possibilidade que a Motorola pode limitar a longevidade do dispositivo por conta de suas características de hardware. Logo, as chances do modelo ser abandonado mais cedo do que você deseja existem.

Se você sabe lidar com tudo isso, considere a compra do Motorola Moto G22. Não acho que os arrependimentos serão tão grandes ou traumáticos neste caso.


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