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Mobile World Congress 2020 ameaçada: as últimas notícias e desistências

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Não é possível dar conta de tantas notícias novas sobre a Mobile World Congress 2020. E isso, porque o evento inicialmente previsto para acontecer entre os dias 24 e 27 de fevereiro em Barcelona (Espanha) nem começou. E, nesse momento, não sabemos se vai acontecer.

As reviravoltas foram tantas, que decidimos publicar todas as notícias que preparamos sobre o assunto em um artigo único, onde deixamos as notícias e a nossa opinião sobre o que deve acontecer. A crise do coronavírus ameaça a realização da Mobile World Congress 2020, uma vez que a epidemia global esvaziou de forma significativa a feira de Barcelona, e a situação está se tornando insustentável.

 

Xiaomi e TCL confirmadas na MWC 2020, mas anunciam medidas de segurança

 

A Xiaomi deve apresentar na MWC 2020 os futuros Xiaomi Mi 10 e Mi 10 Pro, mantendo os seus planos para Barcelona, incluindo a apresentação de uma linha de produtos de hardware inteligente. Ao mesmo tempo, reforça em comunicado que “a saúde e a segurança de todos são prioridade para todos nós da Xiaomi (…) tomaremos todas as medidas recomendadas efetivas para salvaguardar a saúde e o bem-estar de seus funcionários, fãs, amigos da mídia, parceiros e outros usuários que nos visitarão”.

A Xiaomi confirmou que vai realizar o seu evento na MWC 2020 em 23 de fevereiro. Para isso, vai tomar as seguintes medidas de segurança:

“Garantiremos que todos os funcionários que viajam da China não mostrem sintomas do coronavírus e estão fora da China há pelo menos 14 dias antes de sua chegada a Barcelona para nosso evento de lançamento na MWC.”

“Garantiremos que todos os altos executivos da empresa programados para participar de qualquer tipo de atividades e reuniões tenham estado fora da China há pelo menos 14 dias.”

“Seguiremos a orientação da GSMA e garantiremos que a cabine de exibição e todos os produtos exibidos sejam desinfetados com frequência.”

“Vamos garantir que todos os funcionários com funções de apresentação no estande sejam de nossos escritórios locais em toda a Europa. Também garantiremos que eles não registrem sintomas por 14 dias corridos antes de oferecer suporte terrestre em nosso evento de lançamento e estande da MWC.”

 

 

TCL confirma presença, mas não fará coletiva de imprensa

 

Já a TCL Communication, marca por trás dos dispositivos da TCL e Alcatel, confirmou a sua presença na MWC 2020, mas cancelou a sua coletiva de imprensa marcada para o dia 22 de fevereiro de 2020.

“Essa decisão não afeta nenhuma outra atividade da MWC 2020 planejada pela empresa, e a TCL continuará apresentando seus novos dispositivos móveis em seu estande na Fira Gran Via, de 24 a 27 de fevereiro, como planejado. A TCL agradece à GSMA por suas recentes indicações e comunicações sobre o possível impacto do vírus 2019-nCoV no MWC 2020. Também continuaremos de olho em seus anúncios, acompanhando essa situação de perto e compartilhando atualizações, se necessário.”

 

A TCL deve apresentar em Barcelona todas as características técnicas dos novos TCL 10 Pro e TCL 10L, sua nova geração de smartphones que usam telas fabricadas pela própria empresa. É esperado que os dispositivos estejam nos estandes para utilização dos visitantes, algo que também será feito por outros fabricantes.

 

 

 

Intel, Vivo, NTT DoCoMo e Gigaset também estão fora da MWC 2020

 

Antes, HP, LG, Nvidia, Ericsson, Amazon e Sony já estavam na lista de ausências confirmadas na MWC 2020. Agora, NTT DoCoMo, Gigaset, Vivo e Intel se uniram a essa lista nas últimas horas.

Outras empresas discutem a sério se permanecerão na MWC 2020 ou não, como Movistar, Vodafone, Orange e BT.

Em comunicado, a operadora japonesa NTT Docomo alega que o principal motivo para deixar a MWC 2020 é a segurança dos seus clientes, parceiros e funcionários. A Intel também se pronunciou sobre o assunto, reforçando que “a segurança e o bem estar de nossas empresas e parceiros é a nossa prioridade máxima, e nos retiramos da Mobile World Congress deste ano como precaução. Somos gratos à GSMA por sua compreensão e estamos ansiosos para participar e apoiar futuros eventos da Mobile World Congress”. Por outro lado, a Intel deve fazer vários anúncios de produtos para as datas do evento, mesmo sem funcionários na feira.

A empresa alemã de telefonia Gigaset declarou em nota para a imprensa que avaliou as “implicações e riscos colocados pelo surto do coronavírus, e após uma análise detalhada de seu impacto”, decidiu não comparecer ao evento, considerando como “prioridade o bem-estar e a saúde de nossos funcionários, parceiros, clientes e visitantes”.

O fabricante de celulares Vivo mudou de ideia, e também abandonou a MWC 2020. Apesar da marca ter enviado convites para os seus eventos de imprensa, foi tomada a decisão pelo cancelamento de sua apresentação na feira, após acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia do coronavírus e o seu impacto.

Assim, “tendo em vista a extensão e o escopo da epidemia neste momento, para manter a saúde e a segurança pública de seus colaboradores, a Vivo decidiu cancelar a exposição e lançar atividades relacionadas à Mobile World Congress”. A Vivo garante que os seus lançamentos vão acontecer em um futuro próximo, sem especificar datas.

Outros fabricantes menores também confirmaram que deixam a MWC 2020, como o fabricante chinês de smartphones Ulefone e o provedor de software AmDocs.

A operadora norueguesa Telenor vai reduzir o número de funcionários que vão participar do evento, assim como reduzir a sua presença. Enquanto isso, Movistar, Vodafone, Orange e BT se reunirão para decidir se participam ou não da MWC 2020.

 

Como os fabricantes de tecnologia se preparam para a MWC 2020 do coronavírus

 

Mesmo com a saída de algumas gigantes, a MWC 2020 ainda terá outras gigantes em Barcelona. Xiaomi, Nokia ou Realme mantiveram as suas conferências na agenda oficial do evento. Com exceção da Umidigi (que cancelou), a TCL (que cancelou sua inscrição no evento) e da ZTE (que cancelou o seu evento de imprensa mas confirmou ou seu estande na feira), as marcas chinesas (de forma curiosa) decidiram permanecer no evento.

Motorola, OPPO e Honor confirmaram as suas participações na MWC 2020, mantendo assim os seus planos originais. A Honor vai mudar o seu conferencista principal (sai o presidente George Zhao e entra James Zou, Presidente de Vendas e Marketing no Exterior), mas essa não parece ser uma mudança por medida de segurança. Samsung e Huawei já estavam decididas a apresentar os seus novos dispositivos top de linha antes ou depois da feira de Barcelona, em eventos próprios.

As operadoras de telefonia Telefónica e Orange reforçam que seguem os seus planos para a MWC 2020, sem alterações. E a japonesa NTT Docomo já informou que não vai para Barcelona.

A Intel também mantém o seu compromisso com a MWC 2020, com conferência marcada para o dia 23 de fevereiro (domingo). A mesma resposta foi dada por Microsoft e Google, mas sem revelar exatamente como as duas estarão presentes no evento. A Qualcomm também não confirmou presença, e promete emitir em breve um comunicado para determinar sua posição sobre o assunto.

O grande problema é que, até agora, não se sabe como o coronavírus 2019-nCov se espalha. O período de incubação dura cerca de 14 dias, e é essa a janela de tempo que a GSMA considera obrigatória para permitir que os visitantes que estiveram na China entrem ou não na Espanha.

Ou seja, os fabricantes chineses que vão para a MWC 2020 já confirmaram que seus funcionários que virão da China estão fazendo quarentena preventiva. Muitos deles não foram aos seus escritórios para trabalhar, fazendo tudo no estilo home office para evitar um possível contato com o coronavírus.

A Vivo segue estudando a situação, mas comendam que boa parte dos seus funcionários já estão na Alemanha a algum tempo, para assim cumprir os 14 dias exigidos pela GSMA.

Alguns dos profissionais que vieram da China já estão na Europa fazendo a quarentena obrigatória de 14 dias exigida pela GSMA. Os fabricantes chineses que vão para a Mobile World Congress 2020 estão cientes que alguns dos seus funcionários vieram de zonas de risco, mas vão atender as exigências da organização do evento, e aqueles que estiveram na província de Hubei não viajam para Barcelona.

A HMD Global (Nokia) explica que todos os seus executivos estarão na MWC 2020, e consultam todas as medidas de segurança relevantes para que todos fiquem bem.

 

 

O posicionamento das grandes empresas em relação à MWC 2020 até o momento

 

Vários fabricantes confirmaram presença na MWC 2020, e muitas delas manifestam o seu interesse em manter a sua agenda do evento, tal e como planejado.

Enquanto isso, marcas menores como Umidigi e Gigaset também confirmam que estão fora da MWC 2020. A Gigaset, em comunicado, informa que:

“A proteção e segurança de nossos trabalhadores é vital para Gigaset. Portanto, e embora tenhamos participado do evento tecnológico nas últimas edições, este ano priorizamos o bem-estar e a saúde de nossos colaboradores, parceiros, clientes e participantes e saudamos as recomendações do Mundo Saúde como medidas de prevenção.”

A seguir, a posição de momento das principais empresas de tecnologia móvel do mundo em relação à Mobile World Congress 2020:

Google: sem novidades.
HMD Global (Nokia): vai participar e realizar a coletiva de imprensa com a presença de seu CEO.
Honor: vai comparecer, e vai realizar a sua coletiva de imprensa.
Huawei: vai comparecer, e está ciente da situação.
Microsoft: vai participar e realizar a coletiva de imprensa.
Motorola/Lenovo: vai realizar a sua coletiva de imprensa.
OPPO: vai participar, mas já adota medidas de segurança.
Orange: vai comparecer, e está ciente da situação.
Qualcomm: sem novidades.
Realme: vai comparecer, e vai realizar a sua coletiva de imprensa, onde deve anunciar o Realme X50 Pro 5G.
Samsung: terá estande no evento, e está ciente da situação.
TCL: estará presente, mas cancelou e coletiva de imprensa do dia 22 de fevereiro.
Telefónica: vai comparecer, e está ciente da situação.
Vivo: está ciente da situação, e já colocou seus funcionários em quarentena.
Vodafone: vai comparecer, e está ciente da situação.
Xiaomi: estará presente, vai realizar a sua coletiva de imprensa, mas já aplicou medidas de segurança.
ZTE: estará presente no evento, cancelou a sua coletiva de imprensa e já adotou a quarentena preventiva.

 

A lista de gigantes de tecnologia que já cancelaram de forma direta a presença na MWC 2020:

LG: não vai comparecer.
Intel: não vai comparecer.
Ericsson: não vai comparecer.
NVIDIA: não vai comparecer.
Amazon: não vai comparecer.
Vivo: não vai comparecer.
HP: não vai comparecer.
Sony: não vai ajudar.
Umidigi: não vai comparecer.
Gigaset: não vai comparecer.
NTT Docomo: não vai comparecer.

 

 

 

Mudanças nos planos consideradas “normais”

 

A GSMA prevê um aumento de visitantes vindos da China, por conta do próprio aumento da participação das marcas chinesas no mercado de telefonia móvel. A organização do evento agradece à ZTE e Huawei pelas medidas de precaução tomadas, incluindo “garantir que todos os funcionários não tenham apresentado sintomas nas duas semanas anteriores, tiveram um isolamento prévio de duas semanas na Europa, o estande e os equipamentos serão desinfetados diariamente e a presença europeia será reforçada”.

Desde o fim do ano novo chinês, muitos funcionários ficaram trabalhando em casa ou de hotéis, e uma natural redução de pessoal foi feita nos casos daqueles que não conseguem cumprir tais medidas. Xiaomi e Samsung adotaram tais regras para seus funcionários e executivos.

As várias marcas estão consultando e analisando diferentes políticas de cancelamento, para avaliar até que ponto o prejuízo financeiro compensa a ausência no evento. Por outro lado, o oportunismo é enorme, e às vezes pagar para estar na MWC dá mais prejuízo do que lucro. Já a cidade de Barcelona quer que o evento aconteça de qualquer maneira, ainda mais com as baixas recentes no quadro de marcas presentes.

Vamos esperar com calma pelas próximas semanas, observando sempre a dinâmica desse cenário de crise. Nesse momento, só dá para ficar na torcida para que encontrem logo uma solução para o coronavírus. E nem é para tentar salvar a Mobile World Congress 2020, que está comprometida de qualquer forma. Mas para tranquilizar a todos, salvar os eventos futuros e, principalmente, melhorar o cenário econômico global, que já é seriamente afetado por essa enfermidade.

 

 

Decisão sobre o futuro da MWC 2020 será tomada na próxima sexta-feira

 

A Câmara Municipal de Barcelona e a GSMA pedem calma e garantem que a MWC 2020 vai acontecer, mas o cenário é grave o suficiente para que a organização responsável pela realização do evento se reúna de forma extraordinária na próxima sexta-feira (14) para analisar a viabilidade do evento e tomar uma decisão sobre o assunto.

Vale lembrar que os representantes das principais empresas de tecnologia e operadoras de telefonia contam com representantes no conselho da GSMA. As medidas anunciadas até agora parecem não convencer essas empresas, que estão priorizando a saúde dos funcionários, executivos, parceiros e visitantes. Por outro lado, as autoridades de saúde da Catalunha afirmam que “o problema está sendo superdimensionado”.

Para piorar a situação, uma nova pesquisa chinesa liderada pelo epidemiologista Zhong Nanshan (veterano da crise do SARS) indica que o período máximo de incubação do coronavírus poderia ser de 24 dias, e não de 14 dias considerados até agora. Com isso, o tempo de quarentena estabelecidos pela GSMA como medida de segurança não é suficiente para evitar eventuais contágios.

 

 

Minha opinião

Está cada vez mais difícil para a Mobile World Congress 2020 acontecer. Se o evento seguir adiante, já está seriamente comprometido com tantas ausências. Não sei até que ponto vale a pena para Barcelona ter uma feira esvaziada.

Entendo que existem diversos interesses econômicos que estão em jogo para a realização da MWC 2020, mas enquanto uma resposta final sobre a questão do coronavírus não aparecer (como, por exemplo, uma vacina ou um tratamento comprovadamente eficaz), toda e qualquer precaução é válida e bem vinda. Apesar da redução do ritmo de casos da doença na China, não podemos dizer que as empresas que decidiram abandonar o evento estão “supervalorizando” o problema.

 

 

Via Cadena Ser, El ConfidencialReuters, La Expansion, ABC, VentureBeat, @Umidigi, Vozpopuli, La Vanguardia, Reuters, VentureBeat (2), Mi Xiaomi, EuropaPress, Cntechpost, @UlefoneMobile, Umigidi, ZTE, Xiaomi, MWC Barcelona, CNET, EFE


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