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Microsoft libera suporte do exFAT para o kernel Linux: o que isso significa?

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A Microsoft anunciou que vai suportar o padrão de armazenamento exFAT no kernel Linux, em mais uma clara prova de amor ao software livre. Amor este que só veio depois da chegada de Satya Nadella como CEO da gigante de Redmond.

A própria Microsoft declara que ama o Linux, e expressa esse amor com convicção com a incorporação da tecnologia exFAT ao kernel Linux. O exFAT é um dos principais sistemas de arquivos que a Microsoft maneja, ao lado do FAT32 e do NTFS. Foi apresentado em 2006 e introduzido no Windows XP e Vista. É uma evolução do FAT, que tenta eliminar as limitações apresentadas no FAT32.

A principal vantagem do exFAT é permitir a criação de partições maiores, e permitindo o armazenamento de arquivos com mais de 4 GB, e sem perda de velocidade de leitura e escrita. É totalmente compatível com o Windows e o macOS, mas o suporte atual no Linux é incompleto e com uso limitado, obrigando a instalação de softwares específicos para leitura e gravação de arquivos, mas sem permitir a criação de partições.

O exFAT é perfeito para ser usado em pendrives e unidades externas em geral, e aí está a importância de sua incorporação no núcleo do Linux e o gerenciamento nativo pelas distribuições GNU.

 

 

A importância do exFAT no kernel Linux

 

 

Tão importante quanto o anúncio do suporte em si está a eventual inclusão dessa compatibilidade em uma futura revisão da Definição do Sistema Linux da Open Invention Network, grupo que protege os códigos de código aberto através de um programa de patentes defensivas.

A Microsoft está na OIN desde outubro de 2018, e esse foi o anúncio mais importante desde que a empresa se transformou na atual grande amante do Linux. O grupo permite o uso de licenças cruzadas entre os seus membros sem o pagamento de royalties, e no caso da Microsoft, entrar nesse grupo resultou na abertura de até 60.000 patentes.

E o exFAT agora entra nesse pacote. Esse sistema de arquivos era uma das patentes vulneradas pelo Android para pressionar aos fabricantes do Android a cobrar por cada dispositivo que chega ao mercado com o sistema operacional do Google.

Muitos que acompanham a Microsoft ao longo das últimas duas décadas seguem embasbacados com esse “amor sem limites” da empresa pelo Linux e pelo Open Source em geral. Os diversos anúncios por trás de uma profunda mudança cultura e estratégica transformaram Satya Nadella e sua empresa em atores essenciais da comunidade de código aberto.

Pode ser quase nada para uma Microsoft que ainda é a principal desenvolvedora de software proprietário do planeta. Mas não deixa de ser algo no mínimo surpreendente.

Em resumo: o exFAT no kernel Linux significa que o amor da Microsoft pelo Open Source só aumenta.

 

Via Microsoft


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