Mark Zuckerberg está no modo “comprando o mundo”, e a Meta virou praticamente um Real Madrid da inteligência artificial: só quer craque. E se tem alguém que pode queimar dinheiro de forma quase infinita é o dono do Metaverso.
Para isso, o Zuck não economizou e foi às compras, contratando engenheiros estrelados da OpenAI, Google, Anthropic e DeepMind. E não foi com pizza e refrigerante, não: foi com bônus de até 100 milhões de dólares, além de ações e salários de dar inveja a jogador de futebol europeu.
Zuckerberg está totalmente obcecado na ideia de vencer no campo de inteligência artificial, e não vai poupar recursos para isso.
E esse é um movimento que certamente está irritando (e muito) os seus pares no setor.
A gourmetização do processo de contratação
A brincadeira toda ganhou um nome chique: Meta Superintelligence Labs (MSL), que nada mais é do que um “nome farialimer” que Zuckerberg quis dar para esse mega processo de contratação de talentos de outras empresas.
Quem vai comandar o time é Alexandr Wang, ex-chefão da Scale AI, que veio no combo com um investimento de 14,3 bilhões de dólares da Meta na empresa dele. Junto com ele chega Nat Friedman, que já foi CEO do GitHub e agora vai liderar as pesquisas e os produtos de IA na nova empreitada.
Tudo isso vazou (de propósito?) pra Bloomberg e CNBC, que pegaram o comunicado interno e soltaram no mundo. Digo isso porque esse é o tipo de notícia que vem de uma fonte interna do Meta, e quase soa como declaração de guerra para as rivais.
E se você está se perguntando se o Yann LeCun, que até ontem era o rosto da IA da Meta, continua por ali… tecnicamente, sim, mas o nome dele sumiu misteriosamente do anúncio.
Coincidência? Difícil.
LeCun vive dizendo que IA generativa não serve pra nada e que a AGI (inteligência artificial geral) não vai sair disso aí. Ele prefere a IA de código aberto, tipo o Llama, projeto da própria Meta.
Mas parece que agora Zuckerberg quer mesmo é correr com os grandões e deixar os idealistas falando sozinhos.
Dinheiro é o que não falta, e Zuck deixa isso muito claro
Zuckerberg também avisou que a Meta vai queimar centenas de bilhões de dólares nos próximos anos com IA. E não só com gente, mas com data centers — são 65 bilhões de dólares previstos só nisso até 2025.
Comparado ao que Google (75 bi), Microsoft (80 bi) e Amazon (100 bi!) estão prometendo, parece até pouco. Mas absolutamente nada impede que os valores do Meta aumentem progressivamente nos próximos anos.
Ainda mais pelo fato de o Meta ser a empresa que mais capitalizou em 2025 (até agora) entre as big techs. E todo mundo está tentando entender qual foi o milagre alcançado por Zuck para tal feito.
Enquanto isso, o Meta AI (sabe aquele assistente que ninguém usa no WhatsApp ou no Instagram?) segue tentando ser relevante. Mesmo com os modelos Llama 4.1 e 4.2, a Meta ainda está comendo poeira do ChatGPT, que continua sendo o queridinho da galera.
No fundo, a Meta está apostando que montar um time de superestrelas vai fazer diferença. Exatamente do mesmo jeito que o Paris Saint-Germain fez quando contratou Messi e Neymar para um time que já tinha o Mbappé no elenco.
E todo mundo sabe muito bem o que aconteceu.
Especialistas alertam: pagar fortunas não compra alma de ninguém.
No fim, pode ser que a Meta descubra que o talento custa caro — e a missão, mais ainda. E ter que mandar todo mundo embora depois vai pesar no bolso da empresa.
Não adianta ter dinheiro infinito se você não gasta dinheiro a grana, apostando nos talentos certos.
Mas… quem sou eu perto do Zuckerberg para falar sobre isso?
Via Wired