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Mercado de smartphones vê a luz no fim do túnel (e não é do trem vindo na direção contrária)

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O mercado de smartphones vem passando por um período difícil nos últimos anos, mas parece que há uma luz no fim do túnel. E, por incrível que pareça, não é o trem na direção contrária.

De acordo com as principais consultoras do setor, a linha média de smartphones será responsável por impulsionar as vendas nos próximos meses.

Ver os smartphones intermediários salvando o mercado de telefonia não chega a ser uma grande novidade. O que chama a atenção é o fato de as vendas voltarem a subir diante de um cenário complexo na economia global.

É importante dar foco para esse detalhe para compreender o que vai acontecer no mercado de telefonia nos próximos meses.

 

Smartphones intermediários vão salvar o dia (de novo)

Após uma série de trimestres com números em queda, o mercado começa a se recuperar lentamente. Os fabricantes estão ajustando seus preços e configurações para oferecer dispositivos de linha média a preços competitivos, sem renunciar às melhores características. Isso deve atrair consumidores com poder aquisitivo limitado, o que pode impulsionar as vendas.

Isso fica evidente com os modelos de smartphones que chegaram ao mercado nos primeiros quatro meses do ano. De um modo geral, encontramos telefones intermediários com telas com taxa de atualização de (pelo menos) 90 Hz (quando não são de 120 Hz), bateria de 5.000 mAh e conjunto de câmeras com sensor principal de 50 megapixels.

São configurações que, em teoria, só estavam disponíveis nos telefones mais completos em um passado não muito distante. Porém, toda a dinâmica econômica do presente faz com que os fabricantes apostem um pouco mais nos melhores recursos para os telefones intermediários.

A economia doméstica mais fraca também é um fator que está impulsionando a venda de smartphones de linha média. Os fabricantes estão trabalhando para oferecer dispositivos mais baratos e atraentes para os consumidores que precisam comprar um telefone novo, mas não podem comprometer a economia básica e cotidiana.

Além disso, o preço dos componentes dos dispositivos está mais baixo devido à menor demanda, o que contribui para a oferta de telefones mais baratos.

 

O estoque acumulado é o grande problema no momento

Um grande desafio que os fabricantes enfrentam é o excesso de estoque que acumularam em 2022, quando as vendas caíram drasticamente. Esse excesso de estoque pode arruinar os balanços dos próximos trimestres.

Gigantes como a Samsung já testemunharam um aumento nas vendas de smartphones no primeiro trimestre deste ano, principalmente impulsionados por seus novos modelos top de linha. Mas outros fabricantes também terão que lidar com esse excesso de estoque acumulado do ano anterior.

Em teoria, os próximos meses devem entregar algumas promoções desses telefones top de linha do ano passado, o que deve ser algo positivo para o consumidor a médio e longo prazos.

A tendência é que os preços desses produtos sejam menores, estimulando as vendas e promovendo um início de recuperação nas vendas, após uma queda vertiginosa registrada no último trimestre de 2022, no auge de um período turbulento. Esse crescimento pode chegar a dois dígitos, o que seria uma excelente notícia para o setor.

A crise gerada pela guerra na Ucrânia, a carestia de energia na Europa e a espiral inflacionária em todo o planeta devem ser moderadas até o final do ano e durante 2024, o que deve ajudar a melhorar o comportamento do mercado de smartphones.

Com isso, é provável que vejamos mais dispositivos de linha média a preços mais competitivos e com especificações técnicas que devem entregar uma ótima relação custo-benefício. E essa tendência já se faz presente.

Por outro lado, a concorrência no mercado de smartphones é forte, e os fabricantes precisam inovar constantemente para se destacar. Sem falar nas preocupações com a segurança dos dispositivos, especialmente em relação aos dados pessoais dos usuários.

Por fim, é importante lembrar que o mercado de smartphones é apenas uma parte do setor de tecnologia. Há muitas outras áreas em que as empresas estão investindo, como inteligência artificial, realidade virtual e aumentada e internet das coisas. E os fabricantes precisam seguir investindo em inovação e desenvolvimento de novas tecnologias para manterem suas respectivas posições no mercado.


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