Mark Zuckerberg foi ao Parlamento Europeu responder a perguntas sobre o escândalo da Cambridge Analytica, além de revelar o que o Facebook vai fazer para proteger a privacidade dos usuários. Porém, ele deixou muito a desejar em suas respostas.
Quando políticos decidem discutir assuntos de tecnologia, nem sem pre dá certo. Mas nesse caso, os políticos europeus fizeram perguntas assertivas e pertinentes. Porém, o formato impediu que Zuckerberg fosse confrontado diretamente com os questionamentos.
As perguntas foram inicialmente feitas em bloco, e Zuck teve a liberdade para responder o que lhe interessava (ou as respostas que ele preparou), se esquivando das questões mais complicadas.
O que poderia parecer uma sessão complicada para Zuckerberg na prática só serviu para que ele comparecesse de corpo presente. E isso não passou desapercebido: quando a sessão foi encerrada, muito depois do tempo programado, o fundador do Facebook saiu com uma frase de estilo:
“Houve muitas perguntas que eu não consegui responder de forma específica, mas estou feliz por poder responder as questões globais mais preocupantes.”
A frase não foi bem recebida pelos presentes, que continuaram sem as respostas desejadas.
Por outro lado, a culpa foi do próprio parlamento europeu, que permitiu que a sessão acontecesse nesse formato, no lugar de exigir que Zuckerberg respondesse de forma específica a cada questão colocada.
Até lá, muitas questões estão em aberto, e o cenário atual permanece o mesmo.