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Maldita obsolescência programada!

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obsolescência programada

Ah, os fabricantes de tecnologia… eles fazem de tudo para nos manter presos aos seus esquemas… e se valem da tal obsolescência programada para que seus esquemas funcionem.

E… acredite… tais esquemas funcionam. Mesmo quando a gente não quer.

O negócio é o seguinte: muitos fabricantes não querem que você conserte ou atualize os seus dispositivos por conta própria. E eu até entendo os motivos para isso acontecer. Primeiro, por causa da segurança do próprio usuário, já que nenhum fabricante quer o seu nome envolvido em explosões e problemas que poderiam ser evitados pela imprudência de pessoas que não estão preparadas ou habilitadas para isso.

Porém, não dar a liberdade do usuário escolher o profissional que fará esse tipo de reparos? Onde está a liberdade de escolha?

Muitos fabricantes obrigam os usuários a encaminharem os dispositivos para a assistência técnica autorizada ou oficial da marca, apenas e tão somente para que esses estabelecimentos façam os reparos. Essa é mais uma forma dos fabricantes obterem lucros a longo prazo sobre os produtos que comercializa e, em muitos casos, essa não é uma fidelização. É quase uma prisão mesmo!

Mas esse tipo de obsolescência programada ainda pode ser remediada. Os usuários mais rebeldes vão enfiar o parafuso no produto, sem dó nem piedade, ou mandar para aquele profissional de sua confiança para fazer o conserto, sem consultar o fabricante para isso.

Há uma outra obsolescência mais séria que essa: a ausência de suporte “de propósito”.

 

 

 

A obsolescência programada, promovida descaradamente pelos fabricantes

 

Esse segundo aspecto acontece mais com os fabricantes de smartphones, principalmente de dispositivos com o sistema operacional Android.

A Google já complica bastante as coisas quando decide fragmentar o seu sistema operacional, lançando uma versão do Android a cada ano, que demora uma eternidade para chegar aos dispositivos disponíveis no mercado. Isso é, quando chega.

O Android ser tão aberto resultou no seu principal problema: a impossibilidade de oferecer o mesmo software para dispositivos com diferentes características. Aqui, a fragmentação se faz efetiva, o que já deixa um cenário bem desfavorável para o usuário, dependendo do dispositivo que possui ou do fabricante com o qual precisa lidar.

Mas o mais sério de tudo isso é o fato de cada versão do Android contar com suporte oficial de apenas 18 meses. Depois disso, não existe a obrigatoriedade de atualização, pois o produto em questão “já caducou”.

É meio bizarro isso. Pense na seguinte situação: o Galaxy S6 é um smartphone com especificações parrudas, mesmo dois anos depois de seu lançamento, e pode morrer no Android O. Com computadores, isso não acontece: você tem um PC com mais de 10 anos de vida, e com algumas atualizações de hardware você ainda pode rodar bem o Windows 10.

Mais sério que isso é ver equipamentos que poderiam perfeitamente receber as novas versões do Android, e não mais contarem com suporte oficial do fabricante, que deixa o dispositivo desatualizado apenas para induzir o usuário a adquirir os novos modelos.

E aqui está a obsolescência programada. Pura e simples.

É uma tática de mercado detestável. Algo abominável no mercado de tecnologia, que precisa ser combatido com urgência. Lá fora, quem cuida das leis tenta colocar as coisas em ordem, criando dispositivos que entregam uma maior flexibilidade ao usuário nesses casos.

Mas o mais importante é garantir que as tecnologias de ponta e/ou atualizadas fiquem mais tempo no mercado, ou que nossos dispositivos atuais estejam atualizados por mais tempo.

Caso contrário, vamos ficar escravos dessa tática nefasta. Ou nos acostumar a ficar com tecnologia desatualizada de tempos em tempos. O que não é algo agradável para quem investe caro em um produto de tecnologia.


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