Fato: ter um diploma não necessariamente quer dizer que você é um bom profissional.
Em diferentes profissões, o curso superior está cada vez menos relevante, já que o fator mais relevante passa a ser a experiência que aquele profissional possui. Tudo bem que médicos, engenheiros e advogados ainda precisam comprovar suas habilidades e conhecimentos com essas graduações. Mas não é exatamente isso o que acontece no caso dos programadores.
O número de profissionais de programação que estão no mercado de trabalho com um diploma na área é cada vez menor, e a grande maioria hoje é autodidata e está trabalhando sem ter essa graduação no currículo. O que mostra claramente que, nessa profissão, o que manda mesmo é o que você pode fazer com o conhecimento que você tem.
Na programação, o diploma não é algo tão relevante
O site Hired analisou mais de 366 mil interações entre empresas e engenheiros de software durante o ano de 2021, além de entrevistar mais de 2.000 desenvolvedores ao redor do mundo que se apresentaram como candidatos aos postos de trabalho disponíveis no seu marketplace.
O estudo revelou que os programadores que procuravam uma vaga dentro desse mercado seguem abraçando os métodos de ensino especializado na área que são os MENOS TRADICIONAIS, seja para iniciar a sua educação, seja para melhorar as suas habilidades.
Os programadores e engenheiros de software preferem desenvolver as suas habilidades em bootcamps e no bom e velho modo autodidata, e essa tendência não parou de aumentar nos últimos anos.
E sua mãe ainda insistindo que você faça uma faculdade para ter um diploma para colocar na parede do seu escritório…
Pelo menos 46% dos engenheiros de software entrevistados pela Hired revelaram que contam com um título de ciências da computação. Ou seja, a maioria não passou por uma universidade ou faculdade para desenvolver suas habilidades.
Do grupo dos não acadêmicos, 24% são autodidatas e 11% aprenderam a codificar em programas de bootcamp. E os motivos para essa turma passar longe da faculdade são excelentes: por um lado, aprender coisas novas que não se aprendem em uma sala de aula, e por outro lado, os desafios e as oportunidades constantes em aprender a resolver problemas.
Ser um desenvolvedor ficou mais fácil do que nunca
Não dá para julgar (e muito menos culpar) os profissionais autodidatas na programação. É uma galera que cresceu com outra cultura ao redor, o que faz com que eles se tornem fruto do tempo em que vivem.
A oferta educacional que está disponível na internet de graça é gigantesca. Logo, não faz sentido pagar uma faculdade para aprender técnicas e mecânicas que não custam um centavo. Sem falar que as experiências práticas de codificação e programação podem ser muito mais enriquecedoras que qualquer prova realizada por um professor chato.
Sem falar nos cursos dedicados ao tema, que oferecem certificados que enriquecem o currículo de qualquer profissional, além das oportunidades para trabalhar em projetos do mundo real em empregos de verdade, e não estágios oferecidos em função do estudo na faculdade.
Que fique claro: eu não sou contra a busca por um diploma de faculdade ou universidade dentro do campo da tecnologia. Qualquer coisa que ajude ao indivíduo no seu crescimento intelectual e profissional é mais que bem vindo, e um diploma não pode ser desprezado quando você tem a chance de fazer um curso superior.
Por outro lado, o mundo prático é completamente diferente do teórico, e essas alternativas permitem que qualquer pessoa se torne um bom programador ou desenvolvedor de software. Basta ter foco, boa vontade, ser curioso e vontade de crescer e aprender.