A Bloomberg revela que foram descobertos chips irregulares em servidores, que seriam utilizados pela China para espionar empresas norte-americanas.
Parece que Donald Trump tinha razão.
Apesar da espionagem entre países não ser segredo para ninguém, a possibilidade de infiltrar um hardware é algo surpreendente. Tal expediente estaria acontecendo nos servidores da empresa Supermicro.
A China é a principal fabricante global de dispositivos eletrônicos, e no caso da Supermicro, as placas dos seus servidores contariam com um componente adicional não especificado, que permitiria a infecção do sistema, abrindo portas para espionar e controlar de forma remota a máquina, com enorme potencial para interferir nos dados nele armazenados.
Tais servidores estariam presentes em em empresas como Apple e Amazon, embora ambas afirmam que desconhecem o caso. Vale lembrar que a Apple rompeu relações com a Supermicro a alguns anos, sem dar maiores explicações para a decisão.
Há quem esteja cético diante das acusações, uma vez que esse tipo de ataque envolve uma infraestrutura enorme. Alterar planos de montagem de equipamentos, adicionando um componente extra que tem a capacidade de alterar todo um sistema não é algo tão simples de ser feito em larga escala.
Mesmo assim, é preciso reconhecer que a China tem capacidade para fazer isso, e quando pensamos no desejo do país em controlar tudo e todos, a teoria não é tão descabida.
De qualquer forma, temos o cenário de suspeita, em uma era onde todos se preocupam com as ameaças via software. Agora, não podemos confiar no hardware que usamos.
E essa matéria pode influenciar e muito as relações entre Estados Unidos e os fabricantes chineses.
Via Bloomberg