A tendência atual na telefonia móvel é compactar os corpos dos dispositivos, integrando telas maiores com bordas reduzidas. Com isso, alguns componentes mudam de lugar, como é o caso do leitor de digitais, e outros até desaparecem, como é o caso do conector para fones de ouvido.
Xiaomi e Apple reforçaram essa tendência, com o iPhone 7 e o Xiaomi Mi 6. E a desculpa é a mesma: falta de espaço para mais componentes.
Aliás, nem foi o iPhone 7 o primeiro smartphone a fazer isso, mas foi o primeiro que explicou os seus motivos. Aqui, o conector para fones de ouvido deu lugar ao motor tátil, responsável pelas vibrações associadas a determinados toques, diretamente associado ao 3D Touch, ao botão Home (que deixou de ser mecânico) e até para simular um relógio mecânico quando mudamos elementos no temporizador.
Mas… e no caso do Xiaomi Mi 6? O que aconteceu?
A Xiaomi explica que, apesar de muitos afirmarem que a remoção do conector para fones de ouvido estaria relacionada a vender mais fones Bluetooth da empresa, o fato é que a decisão foi tomada por falta de espaço interno no dispositivo.
É uma decisão meio problemática, que vários fabricantes optaram nos últimos anos. A primeira a assumir essa escolha foi a Oppo com o Oppo R5, que era fino demais para receber tal conector. Por outro lado, há quem diga que a Lenovo se arrependeu disso, e que estaria pensando em voltar atrás no Moto Z2.
Seja como for, os smartphones recebem mais e mais componentes, com telas maires. A Xiaomi deu a desculpa perfeita para os demais fabricantes fazerem o mesmo.
Cada escolha, uma renúncia. E infelizmente, nesse caso, é o conector para fones de ouvido o eliminado da vez.
Veremos no futuro se a tendência se mantém, com a chegada do Bluetooth 5.0.
Via WCCFTech