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Logitech propõe um “Mouse para Sempre” (com assinatura)

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A “Netflização” de tudo continua. E, ao que tudo indica, as gigantes do setor de tecnologia não estão percebendo que isso não está dando certo.

Os serviços de assinatura online estão entrando em colapso, pois os valores são elevados, as plataformas estão ficando cada vez piores, e os usuários não são donos do conteúdo.

E algumas propostas de assinatura beiram ao absurdo, como por exemplo a BMW, que queria cobrar mensalidade por itens opcionais.

Agora, ficamos sabendo que a Logitech acredita que um mouse pode durar para sempre e, por causa disso, poderia sustentar um modelo de assinatura mensal.

 

O conceito do “Mouse para Sempre”

Hanneke Faber, executivo-chefe da Logitech, compartilhou seus pensamentos sobre o assunto durante o podcast Decoder do site The Verge.

Faber informa que os membros do Centro de Inovação da empresa estão trabalhando no que ele chama de “Mouse para Sempre”, inspirado em um relógio inteligente eterno.

Para o executivo, se as pessoas pensam em ficar com os seus smartwatches por toda a vida, por que iriam querer jogar fora um mouse com uma qualidade fantástica?

O produto ainda não existe, e sequer deve ter protótipo. Faber só falou que teria uma longa longevidade, receberia atualizações de software e que seria um pouco amis pesado ou robusto que a maioria dos mouses da Logitech.

Também não foi informado se o produto seria substituído em caso de problemas. Afinal de contas, nada é realmente eterno como ele acredita, e o mouse tem partes mecânicas que podem apresentar problemas pelo uso contínuo.

 

Por enquanto, é apenas uma ideia. Mas…

Não existe um produto com esse conceito na prática, e tudo o que foi compartilhado no podcast são pensamentos e ideias.

Mas já é o suficiente para levantar opiniões sobre a ideia. E alguns entendem que essa é uma ideia um tanto quanto estúpida.

O grande problema aqui é a percepção de valor agregado que o software vai ter em relação ao mouse.

Para que os usuários considerem pagar por atualizações contínuas, a Logitech precisará oferecer um software excepcional, que realmente melhore a experiência do usuário.

Sobre a parte da reparação, a Logitech já possui uma parceria com o famoso site especializado iFixit, o que já cria uma perspectiva de compromisso de vida útil de hardware e manutenção de peças mais longa que o convencional.

Mas não sei se isso será o suficiente para convencer os usuários. Antes da proposta ser apresentada de forma oficial para uma análise mais crítica, a tendência é que a maioria dos usuários rejeitem a ideia.

No final das contas, seria mais uma assinatura para pagar, e quem já está saturado de pagar tantos serviços de streaming não pensam em incluir mais um custo no orçamento.

Se a Logitech conseguir desenvolver um modelo que realmente atenda às necessidades dos usuários, quem sabe tem uma chance de fazer o “Mouse para Sempre” prosperar.

Principalmente se a proposta da Logitech se alinhar de forma efetiva com as tendências de sustentabilidade e consumo consciente, contrastando com práticas de obsolescência programada.

Essa abordagem pode ser mais atraente para os consumidores do que a ênfase em um serviço de assinatura.

Vamos ver como a Logitech vai abordar essas e outras questões sobre o projeto.


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