É… olhando com maior atenção… lembra sim!
O design Liquid Glass se caracteriza por entregar a estética de um material translúcido aos elementos dos sistemas operacionais da Apple, com o objetivo de entregar uma experiência mais fluida e integrada entre os dispositivos da empresa.
É a maior mudança estética das plataformas da Apple nos últimos 10 anos (pelo menos), e deve fazer uma enorme diferença na experiência de uso do iPhone (principalmente) e do macOS.
Mas como no mundo “nada se cria, tudo se copia”, é correto dizer que a gigante de Cupertino “se inspirou” de alguma forma no passado.
Na Microsoft.
No Windows Vista.
É claro que iriam comparar…
O design Liquid Glass será implementado em todos os sistemas operacionais da Apple, incluindo o iOS 26 e o macOS 26 Tahoe, colocando as transparências como elemento central da interface e promovendo uma experiência visual completamente renovada.
No macOS 26, a barra de ferramentas superior agora está completamente transparente, integrando-se harmoniosamente com o papel de parede do usuário. Os menus secundários também adotam esse estilo translúcido, criando uma hierarquia visual que prioriza o conteúdo exibido na tela.
Tudo muito bonito, sem sombra de dúvida.
Mas tudo muito parecido com o Aero Glass que a Microsoft lançou com o Windows Vista, lá em 2007. O conceito é basicamente o mesmo.
Como era o Aero Glass da Microsoft?
O Windows Aero também foi adotado pelo Windows 7, versão posterior ao Vista, e a proposta de design substituiu o tema Luna, utilizado no Windows XP. A ideia na época era (também) oferecer uma abordagem amis moderna e sofisticada ao sistema operacional da Microsoft.
Uma interface translúcida para oferecer o protagonismo ao conteúdo. Algo que, para a sua época, foi sim considerado revolucionário. Nenhuma proposta de software entregava o que a Microsoft estava oferecendo no Aero Glass.
O tema Aero Glass estava disponível exclusivamente nas versões premium do Vista e Windows 7, e seus efeitos de transparência nas janelas criava um efeito tridimensional nas bordas, que permitia visualizar através delas como se fossem feitas de vidro.
Semelhanças técnicas e conceituais
O Aero Glass aplicava o efeito de transparência não apenas às janelas, mas também à barra de ferramentas, ao menu iniciar e a elementos específicos como os botões do Windows Media Player e do Internet Explorer.
Ou seja, a Microsoft já havia explorado conceitos similares aos apresentados pela Apple como inovação.
Embora a comparação tenha se tornado viral nas redes sociais, é importante contextualizar que semelhanças entre diferentes empresas de tecnologia não constituem um fenômeno incomum na indústria.
A evolução de interfaces e conceitos de design frequentemente segue padrões similares entre diferentes fabricantes.
A Microsoft implementou sua visão de transparência e efeitos visuais avançados há quase uma década, estabelecendo precedentes técnicos que agora ressurgem na proposta da Apple.
Logo, a reinterpretação da proposta do Aero por parte da Microsoft é válida, mas não pode ser chamada de “inovação”.
No máximo podemos encarar como “revolução” dentro do contexto aplicado da Apple, que levou tempo demais para modificar a estética do seu sistema operacional.
Impacto da unificação de numeração
Além das mudanças visuais, a decisão da Apple de unificar a numeração de seus sistemas operacionais sob o número 26, apostando na identificação do software em função do ano majoritário de atividade.
A padronização pode facilitar a sincronização de recursos entre diferentes plataformas e simplificar o desenvolvimento de aplicações multiplataforma.
A nova abordagem sugere que a Apple está buscando maior coesão em seu ecossistema, potencialmente preparando o terreno para funcionalidades mais integradas entre iOS, macOS e outros sistemas da empresa.
Via Windows Latest, Engadget, PC Gamer, Digital Trends