Galera, bora falar sobre o leitor de digitais nos smartphones?
Eu sei que você que caiu aqui já conhece muito bem vários detalhes sobre o mundo da tecnologia. Logo, muito do que vou dizer é sim voltado para os mais leigos. Por isso, peço um pouco de paciência para quem já nasceu sabendo, tá?
Mas… já repararam que tem alguns smartphones que o leitor fica na lateral, enquanto outros esse item fica na tela?
Vários fatores determinam a decisão de um fabricante de smartphones em colocar esse item em diferentes locais do dispositivo, e essa decisão pode afetar a experiência de uso do cidadão que pagou pelo telefone em 24 vezes nas Casas Bahia.
E aí, qual é o melhor entre os dois métodos?
As principais vantagens e desvantagens
Vamos por partes.
O leitor de digitais na lateral é uma escolha popular entre os fabricantes de smartphones com telas maiores e sem bordas. Ele é fácil de desbloquear, e dispensa a necessidade do usuário em olhar para um determinado local do dispositivo para saber onde precisa posicionar o dedo para desbloquear o telefone.
Desse modo, utilizamos a nossa memória muscular para identificar a posição exata do leitor de digitais e, de quebra, podemos desbloquear o telefone ainda dentro do bolso da calça ou da mochila, deixando o dispositivo pronto para o uso quando ele ficar na nossa frente.
Por outro lado, pode ser meio difícil alcançar o leitor se você tem dedos curtos ou mãos pequenas. Como os fabricantes exageram no tamanho da tela, fica realmente complicado alcançar o leitor de digitais e manter a ergonomia. Não por acaso tem um monte de gente com contusões na mão pelo uso de um telefone com uma tela enorme.
Outro grupo que pode se complicar na hora de usar um telefone com leitor de digitais na lateral é o dos canhotos, que naturalmente vão utilizar mais o smartphone com a mão esquerda. Nesse caso, a ergonomia fica afetada, e esses usuários não vão utilizar o telefone com tanta naturalidade.
Além disso, se o celular estiver numa mesa ou apoiado em algum lugar, você pode ter que pegar ele para conseguir desbloquear. Pode não ser a pior coisa do mundo, mas definitivamente não é a mais prática.
Já o leitor de digitais na tela, que vem se tornando cada vez mais comum, é bem mais confortável pois, afinal de contas, ele está na parte frontal do telefone.
Você simplesmente posiciona o dedo na tela e pronto: o smartphone está liberado para você mandar aquela mensagem para o seu chefe via WhatsApp, tentando explicar por que você vai chegar atrasado no trabalho em um dia em que nenhum vagão do metrô em São Paulo descarrilhou.
O problema é que modelos de smartphones ainda exigem que você pressione o dedo mais forte na tela para desbloquear, e isso sim pode ser algo bem irritante, afetando a sua experiência de uso. Sem falar que nos telefones mais “humildes” (não vou aqui ficar criticando os modelos de entrada ou de baixo custo), o leitor na tela pode não ser tão preciso quanto o da lateral, especialmente se a tela estiver suja ou riscada.
Preciso de mais argumentos
Sim, claro! Estou aqui para servir você. E de graça!
Em termos de velocidade, o leitor de impressões digitais na lateral do smartphone pode ser um pouco mais rápido do que o leitor na tela. Isso acontece porque o leitor na lateral é ativado automaticamente quando você pega o telefone, inclusive por causa da ergonomia proposta, uma vez que o seu dedo tende a repousar no local exato para segurar de forma natural o dispositivo.
Já o leitor de digitais na tela pode levar um segundo ou dois para desbloquear o dispositivo, dependendo do tipo de tecnologia de desbloqueio presente no telefone. Além disso, algumas pessoas acham que é mais fácil encontrar o leitor na lateral do que na tela, especialmente se estiverem usando o smartphone no escuro, algo bem razoável (convenhamos).
No entanto, a principal vantagem do leitor de digitais na tela não está na sua funcionalidade, mas sim no design, que é visualmente mais atraente. E todo mundo quer ter um smartphone bonito para se mostrar para os amigos invejosos.
Outro fator que precisa ser considerado é que os leitores na tela são geralmente mais precisos e confiáveis, principalmente quando o dispositivo utiliza uma solução com tecnologia de ultrassom para identificar a impressão digital em vez de uma câmera de identificação, como na lateral do telefone.
Na verdade, os dois tipos de leitores oferecem um alto nível de segurança, mas os leitores na tela sai um pouco mais difíceis de serem hackeados, ou que a sua digital seja roubada, já que uma simples flanela ou até mesmo o tecido da calça jeans podem eliminar com facilidade as marcas do seu dedo gorduroso na tela do telefone.
O usuário também precisa pensar na durabilidade desse leitor. Como o leitor na lateral -localizado em uma parte saliente do smartphone, ele pode ser mais propenso a danos em caso de quedas. Já o leitor na tela é protegido pelo vidro do telefone, e é menos propenso a ser danificado por riscos, quedas e pancadas.
Em compensação, se você tiver problemas na tela como um todo, o custo de manutenção de um telefone com leitor biométrico integrado no display é muito mais elevado, e a tendência é que você acabe trocando o telefone como um todo em caso de problemas mais sérios.
Qual você deve escolher?
A escolha vai depender principalmente das suas necessidades e preferências pessoais, e eu lamento se você esperava que eu indicasse nesse momento um vencedor claro entre os dois sistemas.
Os dois métodos contam com vantagens e desvantagens, e a escolha final deve ser baseada em fatores como velocidade, precisão, durabilidade, facilidade de uso e segurança.
Independentemente da opção escolhida, é importante lembrar que a autenticação biométrica é uma ferramenta importante para manter seu smartphone e suas informações pessoais seguras. Ou seja, tão importante quanto escolher entre o leitor de digitais na tela ou na lateral do smartphone é configurar corretamente o recurso e incorporar o seu uso no dia a dia, pois dessa forma você pode proteger melhor a sua privacidade e a segurança dos seus dados.
Ou seja, mais uma vez eu vou concluir um conteúdo dizendo: no final, a escolha é sua.