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La Casa de Papel, e a mudança para a Netflix foi um gol de placa

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La Casa de Papel se transformou em fenômeno global depois que foi para a Netflix. Algo que ninguém esperava: é a série de idioma não inglês mais assistida na plataforma de streaming.

O anúncio da Parte 3 foi uma surpresa, e muitos viram como desnecessária. A história estava fechada. Mas foi reaberta, e pelos motivos certos.

 

 

Maior ambição narrativa

 

 

Os responsáveis por La Casa de Papel abraçaram uma maior ambição narrativa com a nova temporada. Os elementos que fizeram a série alcançar o sucesso global estavam lá, mas os roteiros ficaram mais complexos, e sem perder a fluidez necessária para manter os espectadores interessados.

 

 

Episódios mais curtos

 

 

As duas primeiras temporadas de La Casa de Papel contavam com episódios de até 70 minutos de duração, e episódios tão longos acabavam pesando em alguns momentos da trama. A Parte 3 adota o formato tradicional de tempo de episódio para uma série dramática, ou seja, 45 minutos.

Essa mudança potenciou o ritmo frenético da trama, e apesar de alguns problemas de verosimilidade, cada episódio agora passa voando, deixando um desejo incrível de ver o próximo de forma imediata. E é exatamente isso o que a Netflix quer.

Tudo isso, sem sacrificar a narrativa dos personagens, mas com interações que servem que a história evolua na direção certa. Uma versão melhorada das duas primeiras temporadas, basicamente.

 

 

Muito mais tempo (e dinheiro) para trabalhar

 

 

A Parte 3 de La Casa de Papel teve 80% a mais de tempo de gravação (dados estimados). Ou seja, os seus criadores tiveram mais tempo para contar a história que queriam contar. E, de novo, reduzir a duração dos episódios de 70 para 45 minutos faz com que o tempo de gravação seja ainda maior.

Algo fundamental para filmar na Espanha e em outros países (Tailândia, Panamá, Itália, Reino Unido, etc). O elemento internacional foi muito bem utilizado, e não se nota no resultado final o notável aumento de orçamento. E aqui, o fato de ter mais dinheiro foi aplicado na vitalidade da série e de sua narrativa, e não na estética mais rica.

 

Liberdade criativa total

 

A Netflix deixou os responsáveis por La Casa de Papel fazer o que eles queriam. É meio óbvio pensar que um maior investimento resulta em um maior controle criativo, mas tudo aponta para o contrário nessa Parte 3 da série.

Isso é algo que muitos desejam, mas é preciso saber gerenciar. Nem todas as ideias que parecem boas realmente são. Por sorte, os filtros dentro do próprio time criativo foram suficientes, e a liberdade criativa da série foi preservada.

 

 

E tudo isso, mantendo a identidade da série

 

 

Uma coisa que La Casa de Papel não poderia ser permitir era parecer uma série diferente na Parte 3. As duas primeiras temporadas convenceram a muita gente em todo o planeta, e a nova temporada tinha que fazer sentido.

Aqui, a maior ambição criativa já mencionada toma protagonismo, com soluções para problemas complexos que mostram uma evolução natural da série, ampliando um pouco mais a mitologia, ao mesmo tempo em que planta sementes para o futuro.

A Parte 4 de La Casa de Papel está confirmada, e a luta para não cair no lugar comum continua. Mas a série soube evoluir sem perder os seus sinais de identidade em sua chegada em definitivo na Netflix.

Parabéns aos envolvidos!

 


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