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KaiOS: o que é, e por que a Google investiu no pequeno rival do iOS e Android

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Provavelmente muitos de vocês nunca ouviram falar no KaiOS. Mas é bom você saber do que se trata, já que em breve ele pode se transformar em um dos sistemas operacionais móveis mais utilizados em todo o mundo.

Podemos definir em linhas gerais que o KaiOS é um filho pródigo do Firefox OS. Um sistema operacional para dispositivos básicos, não táteis e que quer conectar milhões de pessoas, especialmente em países emergentes.

A Google investiu US$ 22 milhões na KaiOS Technologies. Esse valor vai ajudar a impulsionar o desenvolvimento e implementação em massa dos dispositivos básicos baseados no sistema operacional.

A aposta vai além da questão financeira. A Google vai trabalhar com o KaiOS para que muitas de suas soluções estejam disponíveis para a plataforma, em versões oficiais e fazendo uso das bases do KaiOS: HTML5, JavaScript e CSS.

O apoio da Google se une ao de outras empresas e fabricantes (Facebook, TCL, HMD Global, Twitter, T-Mobile, Qualcomm, Spreadtrum, Sprint, Micromax e outras). Esses parceiros parecem deixar claro que a plataforma pode ter muito mais apelo comercial que o Firefox OS teve no seu tempo.

O mais surpreendente é ver a Google apostando em uma plataforma que, de certo modo, compete com o Android, que por sua vez ataca o segmento de entrada com iniciativas como o Android One e, principalmente, com o Android Go.

 

 

Porém, os modelos básicos ao qual pertence o Android Go seguem sendo smartphones, enquanto que os dispositivos baseados no KaiOS estão mais próximos dos feature phones tradicionais.

Logo, a presença da Google no KaiOS é pontual, mostrando o interesse da gigante de buscas estar em todas as alternativas. Ela sempre foi assim, e a Microsoft recentemente passou a pensar da mesma forma.

A KaiOS Technologies se tornou uma empresa separada da TCL em 2016. Conta hoje com 200 funcionários e em fevereiro de 2018 contava com 30 milhões de usuários ativos.

O objetivo para 2018 é alcançar entre 120 e 1250 milhões de usuários ativos. Uma meta ambiciosa que pode ser cumprida com o incentivo recebido nos últimos meses.

Um dos destaques do KaiOS é o seu grande suporte aos idiomas de determinadas regiões, como na Índia, que conta com 22 idiomas e dialetos diferentes.

 

 

O KaiOS é um derivado do Firefox OS, que infelizmente não chegou a lugar nenhum. Herda a características de utilizar apps web via HTML5, com uma surpresa adicional: ser orientado a telefones básicos com teclado físico e sem tela touch.

Aqui já temos um sinal de identidade de uma plataforma orientada para modelos econômicos, modestos no hardware e com elevada autonomia de bateria. O Nokia 8110 4G apresentado na MWC 2018 oferece pelo menos 17 dias de autonomia.

A presença de uma loja de aplicativos também é importante. No momento, o KaiOS conta com aplicativos gratuitos, mas a sua loja pode ser também um ponto de distribuição de apps pagos. Entre os primeiros aplicativos dessa loja, temos clientes oficiais do Facebook, Twitter, Google Mapas e Google Assistente, por exemplo.

A loja centralizada se une a outra característica importante: as atualizações OTA (Over The Air). A plataforma conta com suporte WiFi, 4G/LTE, GPS e NFC, além do suporte dual SIM e ferramentas sociais e de comunicação mais básicas.

 

 

A coisa se complica quando falamos do suporte para ferramentas de mensagens instantâneas, algo que é praticamente nulo (por enquanto) no KaiOS. Nada de Telegram ou WhatsApp de forma nativa até agora.

No caso do WhatsApp, há indícios que ele pode chegar. Afinal de contas, já existe um cliente oficial para o Facebook, e até uma forma não oficial de usar o serviço de comunicação instantânea via web, o Browserling.

Logo, o KaiOS pode não competir diretamente com o iOS ou o Android, mas complementa esse duopólio quase inquebrável. Você pode não vir a precisar dele, mas saiba desde já que ele pode acertar onde o Firefox OS fracassou.

 

 


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