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Juiz ordena Apple a extrair dados de outro iPhone

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O caso da Apple contra o FBI com o iPhone de San Bernardino era apenas o começo, e serviu como precedente para que diversos governos exijam das empresas de tecnologia acesso aos dados pessoais de seus produtos em caso de investigações criminais ou ameças à segurança de um país ou particulares.

Agora, se tornaram públicos documentos entregues à corte de Boston, onde se revela que em fevereiro de 2016, um juiz do magistrado federal ordenou a Apple a colaborar com o FBI para extrair dados de um iPhone que pertence a um suposto membro de uma quadrilha que vendia drogas em Massachusetts.

 

O FBI abandonou o caso, mas a ordem continua

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Uma mudança curiosa nesse caso é que os documentos mostram que o FBI nunca executou a ordem de registro do iPhone, e até pede que seja eliminada a participação da Apple no caso. A ordem foi emitida em 9 de fevereiro, e contava com uma vigência de execução de 14 dias, algo que não aconteceu. A ordem expirou e não foi solicitada uma nova.

Ao mesmo tempo, o FBI solicitou outra ordem, mas dirigida à operadora AT&T, outorgando os registros telefônicos do iPhone 6 Plus em questão, algo que os documentos indicam como executada, com os dados apresentados em uma audiência. Os documentos se tornaram públicos pelas mãos da União Norte-americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que nas últimas semanas solicitou uma monção para que todos os casos onde se exigem dados pessoais de algum envolvido nos casos criminais se tornem públicos, para que os cidadãos tomem ciência e não se apresentem abusos por parte do governo.

A ACLU informa que, além do caso de San Bernardino e este de Boston, existem outros 63 casos desde 2008 onde o FBI emitiu ordens judiciais para exigir a cooperação da Apple e da Alphabet no desbloqueio e extração de informação de equipamentos com seus sistemas operacionais. Sobre o caso de Boston, o FBI se recusou a comentar por ser uma investigação em curso, enquanto que a Apple se reservou ao direito de ficar calada.

Este caso tem um novo grau de dificuldade, já que se trata de um iPhone 6 Plus com iOS 9.1, que conta com uma nova capa de segurança que a ferramenta obtida pelo FBI não foi capaz de superar. O governo norte-americano ainda está decidindo se continua a batalha para exigir a colaboração da Apple, ou se simplesmente não será necessária a sua intervenção, já que em todas as vezes que isso aconteceu a responda da empresa é a mesma: são incapazes de fazer e não contam com as ferramentas para violar os bloqueios de seus smartphones.

Veremos como tudo isso vai terminar.

Via Reuters


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