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Jovem processa a Apple porque reconhecimento facial errado resultou em sua prisão

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O uso do reconhecimento facial automático pelas forças de segurança do estado é uma realidade, e o nosso smartphone pode nos reconhecer com grande precisão. Logo, não é de se estranhar que essa tecnologia é utilizada para fins mais “distópicos”, por assim dizer.

Porém, o sistema de reconhecimento facial ainda não é perfeito, e há sérias dúvidas se pode vir a ser um dia. A taxa de erros ainda é muito alta, e quando isso se aplica a um sistema de vigilância, o resultado é uma grande quantidade de falsos positivos.

A Apple é quem mais apostou no reconhecimento facial no iPhone, e o caso desse post mostra o quão grave pode ser quando esses sistemas falham.

 

 

Preso pelo reconhecimento facial da Apple

 

 

Ousmane Bah, um estudante de 18 anos, foi preso em Nova York sob a acusação de roubos em várias unidades da Apple Store em cidades como Boston, Nova Jersey, Delaware e Manhattan. O sistema de reconhecimento facial dessas lojas teriam identificado o rapaz como o ladrão, e assim a polícia obteve com facilidade uma ordem de prisão. Porém, a pessoa na foto da ordem de prisão não era Bah.

Na verdade, o sistema de reconhecimento facial não detectou Bah, mas sim uma pessoa diferente, e associou a pessoa ao seu nome. O verdadeiro ladrão utilizou permissões temporárias para se identificar nessas lojas como um cliente qualquer antes de roubar os produtos. Uma permissão que foi roubada de Bah.

Como o documento não incluía uma foto, a base de dados da Apple automaticamente associou o rosto do ladrão com esse nome.

 

 

É claro que a Apple foi processada

 

 

Quando o ladrão executou os seus crimes nas lojas, o sistema de identificação da Apple o reconheceu como Ousmane Bah, e contactou a polícia. Porém, Bah tinha um álibi: em uma das datas de crimes, ele estava em sua formatura. Isso fez com que polícia procurasse por mais detalhes, e foi quando eles se deram conta que a pessoa gravada não era o suspeito que procuravam.

Mas o estrago já estava feito. Bah foi interrogado e precisou explicar a sua situação para a polícia. Por causa de tudo isso, o estudante processou a Apple e a Security Industry Specialist (companhia de segurança associada à Apple) em um valor de módicos US$ 1 bilhão.

Não está claro se o processo vai seguir adiante, ou se o jovem busca um acordo extra-judicial. Mas tudo o que a Apple não quer nesse momento é ser associada com o uso do reconhecimento facial para prender a pessoa errada.

Esse não é o primeiro processo por motivo semelhante que a Apple enfrenta nos últimos meses. Em janeiro de 2019, um advogado de Houston, Texas, processou a empresa por uma falha de segurança no FaceTime. Ao que parece, essa falha permitiu que uma terceira pessoa conseguisse escutar uma conversa privada dele com um cliente, e o microfone do smartphone captando conversas às escondidas é uma grave violação de privacidade do usuário.

 

Via New York Post


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