Usar o ChatGPT ou qualquer outro chatbot ou inteligência artificial conversacional é algo que vai fazer parte do seu dia a dia, mais cedo ou mais tarde. E para quem utiliza a tecnologia todos os dias em sua profissão, essa realidade já existe a algum tempo.
Mas isso não quer dizer que você não esteja correndo riscos ao utilizar tais ferramentas. Infelizmente, as chances de vulnerabilidades associadas com o uso dos chatbots existem, e precisam ser consideradas quando enviamos dados para essas plataformas.
O vazamento de dados pessoais, a proteção e a privacidade dos usuários estão em risco no uso do ChatGPT, e algumas empresas proibiram o seu uso para preservar dados sensíveis e confidenciais.
Neste artigo, compartilho com você os tipos de dados que jamais devem ser compartilhados em plataformas como o ChatGPT.
O que você precisa ter em mente
Todas as informações que você compartilha com o ChatGPT durante as conversas são utilizados para treinar o chatbot, para que ele ofereça respostas mais eficientes ou alinhadas com o contexto da conversa.
Porém, essas mesas informações podem ser examinadas por humanos na OpenAI, inclusive para controlar o tipo de interação que o usuário tem com a plataforma, para evitar discursos de ódio, preconceito e outros efeitos indesejados.
De qualquer forma, são pessoas que você não conhece e estão vendo o que você envia para a plataforma. Por isso, é mais do que recomendado que você tenha o máximo de precaução ao compartilhar informações com o chatbot.
Uma falha recente no ChatGPT revelou alguns títulos de conversas dos usuários, ligando assim o sinal de alerta sobre a proteção de dados. Por isso, é importante saber como podermos proteger a nossa privacidade e estabelecer uma maior segurança dos dados ao utilizar os chatbots.
Faça isso para evitar o vazamento de dados sensíveis no ChatGPT
O que torna o incidente mais sério com o ChatGPT é que os dados compartilhados foram de usuários do ChatGPT Plus, a versão paga da proposta da OpenAI. Ou seja, nem pagando você tem uma maior segurança ou privacidade.
Até Sam Altman, CEO da OpenAI, reconhece que não dá para confiar no ChatGPT para assuntos considerados importantes, pelo menos neste momento. Quem sabe no futuro isso pode mudar, mas enquanto a IA conversacional não estiver devidamente evoluída, o ideal é que todos encarem o chatbot com o mesmo nível de critério adotado em redes sociais populares, como Facebook e Twitter.
Para um entendimento mais prático: você não compartilha o número do seu CPF ou do cartão de crédito em conversas no Facebook e no Twitter, certo? Então… a regra é a mesma para o ChatGPT.
As empresas estão muito preocupadas com isso, e alguns incidentes mostram que os funcionários utilizaram os chatbots sem contar com a real consciência sobre os segredos comerciais envolvidos nessas interações. Dessa forma, empresas como Samsung e Apple proibiram o uso do ChatGPT no âmbito laboral.
Como usar o ChatGPT de forma segura?
Em todo e qualquer cenário que não envolve dados corporativos, dados pessoais ou tarefas mais complexas, basicamente.
Ou seja, escrever um e-mail de agradecimento, pedir o resumo de um texto com dados públicos ou definidos, produzir o roteiro de um vídeo para o YouTube a partir de um texto que já está pronto ou escrever o esqueleto de um artigo que será desenvolvido por você no futuro não resulta em problemas para você, e o ChatGPT vai muito bem nesses cenários, inclusive no âmbito profissional.
Porém, neste momento (em junho de 2023), utilizar o ChatGPT para informações privadas não é o recomendado, sob nenhuma circunstância. Não há garantias reais sobre a segurança dos dados entregues ao chatbot, e toda precaução não só é válida como obrigatória.