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iPhone SE (2020) a R$ 3.699… vale a pena?

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Agora que o iPhone SE (2020) chegou oficialmente ao mercado brasileiro, podemos conversar sobre a pergunta que dá título a este post: vale a pena?

Sei que muitas pessoas estão se perguntando isso nesse momento, e até as redes sociais já estavam fervilhando sobre esse tema no dia de hoje. Mas decidi não ler os comentários das pessoas para não contaminar este texto. A minha proposta é abrir uma leve reflexão sobre a perspectiva do produto e, principalmente, os prós e os contras sobre a sua compra.

 

 

 

iPhone SE (2020) a partir de R$ 3.699… está caro?

 

 

Considerando o mundo em que vivemos nesse exato momento (pandemia global, quase todo mundo sem dinheiro e tentando se salvar de alguma forma), qualquer coisa que custa R$ 3.699 é considerada cara. Porém, esse é um dos iPhones mais baratos que a Apple lançou no Brasil em sua história (por mais surreal que essa frase pareça).

É sempre importante lembrar que o novo iPhone SE (2020) chega para substituir o iPhone 8, que foi oficialmente descontinuado, mas que deve ter algumas unidades soltas no mercado se você estiver lendo esse post no presente (no futuro, só os modelos usados mesmo), como preços a partir de R$ 2.600. A diferença de preço é grande, mas não sei se a essa altura do campeonato vale a pena comprar um iPhone descontinuado.

Por outro lado, é preciso ter em mente também que a Apple foi muito esperta ao dar uma “sobrevida” ao iPhone 8. Digo isso porque o processo de desmontagem do dispositivo pelo iFixit deixou claro para todo mundo que o novo iPhone SE (2020) nada mais é do que o iPhone 8 “recondicionado”, onde boa parte dos componentes são os mesmos, trocando “apenas” o processador, o sensor principal de câmera e a RAM.

São upgrades consideráveis, mas que levantam dúvidas sobre a validade da atualização. Mas que podem pesar a favor do novo modelo quando olhamos com cuidado para a relação custo-benefício dos dispositivos envolvidos.

Logo, para quem está com uma certa margem de sobra de investimento, talvez seja melhor considerar a possibilidade em já investir o seu dinheiro logo no iPhone SE (2020) do que no descontinuado iPhone 8. A não ser que a sua prioridade aqui seja a economia financeira, pois a diferença de valores de R$ 1.100 pode pesar para algumas pessoas.

 

 

 

Vale a pena, considerando a concorrência?

 

 

Eu disse algumas vezes que a Apple fez um excelente movimento ao colocar o iPhone SE (2020) no mercado por um preço relativamente competitivo (considerando a sua realidade de mercado). Mas fiz esse comentário considerando os valores no mercado internacional: o preço base do novo iPhone é de US$ 489, enquanto que vários dos seus concorrentes lançaram modelos top de linha badalados que custam no mínimo o dobro desse valor.

Porém, aqui no Brasil, as coisas poderiam ser um pouco diferentes. Mas… ainda bem que não são.

O iPhone SE (2020) com preço base de R$ 3.699 é mais barato do que os seus concorrentes de marcas badaladas com smartphones Android. Bem mais barato, em alguns casos: por exemplo, o Samsung Galaxy S20 mais barato (8 GB RAM + 128 GB) custa nesse momento R$ 4.949, enquanto que o novo smartphone da Apple na sua versão mais cara e completa (com 256 GB de armazenamento) está custando R$ 4.499.

Tá, você pode ate dizer que existe uma grande diferença técnica entre os dois modelos, tanto no hardware quanto nos recursos. E eu vou concordar com você. Digo, sem qualquer orgulho: você tem razão nos seus argumentos.

Acontece que estamos falando da Apple, e estamos falando de um iPhone. Para a maioria dos usuários (que são leigos, e não com algum conhecimento mais profundo em tecnologia, como eu e você), o simples fato de ser um iPhone já agrega valor no seu poder de escolha. E isso fatalmente vai turbinar as vendas do produto.

O mesmo acontece com outros fabricantes bem populares, como Huawei, Xiaomi, Sony, Motorola e outros. Todos eles podem ter problemas com os seus novos smartphones premium, que no Brasil vão custar consideravelmente mais caros que o iPhone SE (2020).

Sem falar que os próprios usuários da Apple que ficaram no iPhone 7 ou inferior vão olhar para o novo iPhone SE (2020) como uma oportunidade excelente para o upgrade. Tá, já encontramos iPhones mais baratos que esse no mercado. Mesmo assim, depois de algum tempo no mercado, e com algum desconto pontual em lojas de e-commerce nacionais.

 

 

 

Conclusão

 

 

A Apple fez o movimento certo, e no momento certo. O iPhone SE (2020) é atraente na estética (pois é o iPhone 8 turbinado, e muita gente gostou desse design), tem um preço competitivo, custou bem menos para ser produzido (pois praticamente reaproveita toda a linha de montagem do modelo recém descontinuado) e, o mais importante de tudo: é um iPhone novinho e menos caro para a galera.

Não será surpresa alguma se depois de alguns meses ele for considerado o grande campeão de vendas entre os iPhones. Menos surpresa ainda se a Apple confirmar para o mundo que sua rentabilidade aumentou depois do lançamento desse dispositivo no mercado. Com essa enorme margem de lucro e potencial de venda bem satisfatório, esse é o tipo de smartphone que pode fazer estragos nas vendas de todo o mundo.

Um verdadeiro gol de placa de Tim Cook e sua turma.


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