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iPhone 16e é desmontado, e conseguimos compreender melhor o que a Apple fez aqui (ou não)

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Sim… estamos tentando entender o que a Apple fez no iPhone 16e

É claro que a Apple precisava lançar um smartphone menos caro (barato, ele não é), pois o iPhone SE 3 já tinha três anos de vida. O que é difícil entender é como a empresa nem fez força para sequer disfarçar o que estava fazendo dessa vez.

Um combinado estético de modelos anteriores com a atualização de hardware interno já esperada e quase obrigatória. Foi o que aconteceu, e isso, todos nós entendemos. Mas… como isso funciona internamente?

Nada melhor do que alguém fazendo o trabalho sujo por nós. E alguém desmontou o iPhone 16e, revelando suas entranhas.

 

Espaço não aproveitado para uma grande reciclagem

A desmontagem realizada pelo canal REWA Technology revelou detalhes intrigantes sobre o iPhone 16e, o que torna a nossa missão de compreender esse smartphone cada vez mais difícil.

Um dos detalhes mais chamativos é o espaço desproporcional ocupado pelo módulo da câmera em relação à bateria. Comparado ao iPhone 15, o 16e apresenta uma bateria de 4.005 mAh – 444 mAh MAIOR que a do iPhone 16 –, resultado da remoção da câmera ultrawide e do redesenho interno.

Bom… ao menos agora sabemos por que ele tem um sensor a menos: para ter uma bateria maior…

A Apple atribui a autonomia de 26 horas de vídeo não apenas à bateria ampliada, mas à combinação entre o iOS e o modem C1, que otimiza o consumo. Contudo, a empresa mantém o hábito de evitar especificações técnicas claras, preferindo comparar a duração com modelos anteriores.

Apesar disso, a bateria segue padrões reparáveis, alinhando-se às políticas de sustentabilidade.

É possível sim que essa autonomia seja alcançada pela combinação dos componentes de hardware com a otimização do iOS. Mas só vamos descobrir se realmente é assim na prática.

A reciclagem de componentes é outro destaque desse processo de desmontagem.

Tal e como foi cantado em prosa e verso pelos produtores de conteúdo de tecnologia tão logo o smartphone foi apresentado, o iPhone 16e mescla partes do iPhone 14 (como a tela, Face ID e o notch) com elementos do iPhone 16 (processador e RAM), com participação especial de um iPhone XR na parte traseira.

E essa é a estratégia da Apple de reaproveitar peças para reduzir custos… para a Apple, pois esse iPhone está custando em valor promocional de lançamento R$ 5 mil para o consumidor final.

A análise também evidencia um dilema recorrente dos fabricantes: cada componente adicionado ou removido impacta diretamente no espaço interno, exigindo escolhas entre funcionalidade e eficiência.

 

O rebranding é o suficiente?

A Apple mudou a sua estratégia para a linha de entrada com o lançamento do iPhone 16e, substituindo o antigo iPhone SE e alinhando-o à nomenclatura premium da série 16. Mas não sabemos se isso é o suficiente para convencer o consumidor.

O design finalmente foi modernizado, abandonando estilos ultrapassados e com botão físico, mas mantém características herdadas de modelos anteriores, como a câmera única e o notch – traços que a Apple insiste em preservar em modelos “acessíveis”.

A grande novidade mesmo é a introdução do modem C1, fruto da aquisição da divisão de modems da Intel adquirida em 2019, que promete maior eficiência energética e integração com o hardware

Peno que o preço final do aparelho não reflita a economia obtida com a tecnologia própria. Mas é o que temos para hoje.


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