Definitivamente, não está fácil para ninguém. Nem mesmo para a toda poderosa Apple, que pode subir pela primeira vez os preços de lançamento de um novo iPhone pela primeira vez em cinco anos, acabando com uma tradição que sempre agradou a muita gente, mas não aos acionistas da empresa.
O iPhone 14 pode receber um aumento de nada menos que US$ 100 quando chegar ao mundo em setembro. E bem sabemos o que isso pode significar para nós, brasileiros: um novo iPhone que será impossível de ser adquirido pelo brasileiro médio.
Vamos tentar entender o que vai acontecer em um futuro não muito distante.
Os motivos para esse aumento de preço no novo iPhone
Não precisa pensar muito para tentar entender o que pode acontecer aqui.
Ainda vivemos tempos muito complicados em vários aspectos. Normalmente nós sentimos isso no nosso bolso quando tentamos comprar um produto de tecnologia e ele custa o nosso rim. Porém, para os fabricantes, essa mesma crise afeta de outras maneiras.
Falando especificamente da Apple, o iPhone 14 será prejudicado pelas restrições impostas na Ásia, o que afetou de forma direta a cadeia de produção do futuro smartphone. Ou seja, o produto tem tudo para chegar um pouco mais tarde no mercado, o que pode representar um impacto significativo nas vendas e, por tabela, nos possíveis lucros.
Além disso, os valores dos componentes utilizados para a fabricação dos produtos também sofreram reajustes também em função das limitações estabelecidas nos últimos anos.
Agora, some esses fatores, e é natural que a Apple já calcule os possíveis prejuízos que terão na venda do novo iPhone, e tenta minimizar isso cobrando US$ 100 a mais do que o valor da geração anterior, acabando assim com essa boa tradição que os fanboys tanto gostavam de celebrar a cada lançamento de um smartphone da empresa.
E agora? O que vou fazer?
Esperar. Pacientemente.
Tudo o que temos até o momento é a declaração de “diferentes fontes de confiança próximas e/ou envolvidas sobre o assunto”, mas nenhuma confirmação oficial da Apple. E não teremos essa confirmação, já que a empresa não vai ser louca ou burra de revelar o preço antes do produto ser anunciado.
O problema aqui não está no aumento de preço de lançamento do iPhone 14, mas sim no fato da Apple tradicionalmente não agregar valor ao novo produto para justificar o novo preço.
Se a Apple entregar um iPhone 14 que realmente oferece novidades substanciais de hardware, quem sabe ela consegue convencer os clientes a pagar US$ 100 a mais pelo produto. Caso contrário, não vejo essa estratégia funcionando.
E quanto ao Brasil… eu realmente não quero pensar no quanto pode custar esse smartphone. Para a grande maioria de nós, meros mortais, será simplesmente impossível comprar o iPhone 14. Se os preços praticados pela Apple no Brasil já são bem longe dos aceitáveis, imagine com um produto custando (em teoria) R$ 500 a mais.
E entendo que o aumento será ainda maior. Afinal de contas, a cotação do dólar da Apple em nosso país é de nada menos que US$ 1 = R$ 10!
Ou seja… estamos bem ferrados!