É quase certo dizer que quem comprou o iPad Air no ano passado está, neste exato momento, frustrado ao saber que a Apple lançou uma nova versão do produto, com um processador mais potente, apenas 12 meses depois do lançamento do modelo anterior.
O iPad Air com chip M3 de 2025 possui atualizações estratégicas que podem sim fazer a diferença para quem investiu pesado em um tablet caro. Mas… para você, que tem o modelo lançado no ano passado… há tantos motivos para essa revolta?
Será que vale a pena deixar seu iPad atual de lado? Ou será que a mudança é tão sutil que não justifica o investimento? E quais são os usuários que realmente precisam fazer esse upgrade?
Vamos desvendar cada detalhe neste para que você decida com a maior clareza possível.
Onde a evolução é sutil
O novo iPad Air 2025 segue disponível nas versões com 11 e 13 polegadas, mantendo a elegância minimalista que caracteriza os produtos da Apple. É a mesma tela com resolução FullHD+ e tecnologia True Tone com brilho de 500 nits no modelo menor e 600 nits no modelo maior.
Neste aspecto, nada mudou.
O verdadeiro diferencial desta nova geração é o chip M3, um processador que já havia conquistado os holofotes no MacBook Air 2024. Comparado ao seu antecessor M2, o novo chip representa um salto quântico em termos de desempenho e eficiência energética.
O M3 oferece até 20% mais eficiência energética e processamento gráfico 35% mais rápido. Isso significa editar vídeos em 4K sem travamentos, multitarefa fluída com apps pesados e até maior duração da bateria em tarefas cotidianas.
Com arquitetura octa-core, o M3 permite a decodificação ProRes para reproduções suaves de conteúdo em alta resolução, enquanto a decodificação AV1 abre portas para experiências visuais mais imersivas em 4K e 8K.
Outro ponto que o processador pode influenciar é na experiência com o Apple Intelligence, que vai se beneficiar do hardware mais potente para oferecer a proposta de inteligência artificial com operação parcialmente nativa que a Apple oferece para os usuários.
Do mais (e em teoria), o iPad Air 2025 oferece um ano a mais de atualização do iPadOS, o que pode ser relevante (ou não), dependendo do tempo que você pretende ficar com o tablet, independentemente de sua escolha.
Vale a pena a troca?
A resposta não é simples.
Para os entusiastas de tecnologia e profissionais que dependem de alta performance, o novo iPad Air representa uma evolução sedutora e, em alguns casos, realmente necessária. Porém, essa necessidade é muito individual e relativa. Não é uma regra que se crava em pedra.
Para usuários com necessidades mais básicas, o modelo do ano passado ainda é uma opção competitiva, especialmente se encontrado com bons descontos. Pode ser uma forma de economizar um bom dinheiro e, ainda assim, ter um tablet para chamar de seu.
É difícil entender o que a Apple fez aqui. Atualizar o iPad Air em menos de um ano pode ser uma forma de corrigir um erro que poderia ser evitado. Ou de admitir de vez que a tecnologia de inteligência artificial avançou demais, com uma concorrência enorme e presente.
Se o Apple Intelligence não começar a ocupar espaços dentro do ecossistema de produtos da Apple, pode ser um completo esquecido no churrasco da vida. Ao mesmo tempo, produzir o caro chip M3 para que ele fique apenas nos MacBooks e demais computadores da empresa pode representar uma subutilização de tecnologia que só causa prejuízos.
Em resumo:
- Se você busca um dispositivo para o futuro e só admite a tecnologia mais recente em sua vida, o iPad Air 2025 é uma escolha quase obrigatória. Com o iPadOS 18 e suporte ao Apple Intelligence, ele promete atualizações por cinco anos, garantindo relevância tecnológica até 2030. Além disso, a redução de peso (2g a menos no modelo de 11″) pode parecer irrisória, mas faz diferença em maratonas de estudo ou viagens.
- Para quem já tem o modelo 2024, a troca só vale se você exige máximo desempenho. Caso contrário (se você não tem nenhum iPad, mas não quer comprar o iPad Air 2025) aproveite possíveis descontos que serão aplicados a partir de agora no preço do modelo lançado no ano passado.