As gigantes globais do mundo da tecnologia, como Apple, Amazon, Facebook, Microsoft e Google, deverão pagar impostos em todos os países onde obtém lucros, inclusive naqueles onde não contam com sede física.
Assim ficou estabelecido entre os ministros das finanças e os governadores dos bancos centrais do G7 (grupo de países composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), que também estão de acordo que deveria existir uma taxa mínima para acabar com a agressiva concorrência fiscal entre as nações ao buscar atrair os negócios das gigantes multinacionais que encontram diversas formas para evadir impostos.
A decisão tomada em 17 de julho durante uma reunião em Paris marca a primeira vez em que os membros do G7 estão de acordo sobre o tema. Os ministros decidiram adotar tais medidas por completo a partir de 2020, mas ainda será necessário seguir discutindo o assunto em um contexto maior com o grupo G20, para só depois alcançar um acordo internacional que será supervisionado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
França manterá a GAFA enquanto o novo imposto internacional entra em vigor
O consenso chegou depois da recente aprovação da “taxa Google”, imposta pela França, que foi a primeira a estipular um imposto para as gigantes de tecnologia, baseado na tentativa frustrada para um imposto digital na União Europeia.
A França manterá a sua taxa GAFA até que o novo imposto digital internacional o substitua. A taxa não está livre de polêmicas, especialmente depois das ameaças do Governo dos Estados Unidos em retaliar, decretando impostos contra os produtos da União Europeia, por considerar que o imposto busca prejudicar empresas norte-americanas.
Já a “taxa Google” europeia está abandonada, agora que muitos esperam que a taxa internacional vingue. Resta esperar que o G20 leve adiante o novo imposto digital global como planejado.
Ainda não sabemos como a nova taxa vai impactar o consumidor final ao redor do mundo, mas fatalmente teremos maiores informações sobre o tema em um futuro não muito distante.
Via France24