Era só o que faltava.
Sim… eu sei que a expressão Inteligência Artificial é a pauta do momento no mundo da tecnologia, e que todos nós vamos ter que lidar com isso em algum momento, mais cedo ou mais tarde. É o inevitável.
Porém, o que temos aqui pode ser considerado o limite para algumas pessoas. Dá para dizer que não há mais degraus para descer no campo de IA, ou que alcançamos a última fronteira de análise para os chatbots generativos.
E está tudo certo. Se pedimos para o ChatGPT receitas com os restos mortais de nossa geladeira, por que não pedir para analisar a qualidade de nosso cocô?
Como a IA vai analisar a qualidade o seu cocô?
A startup Throne é a responsável por essa ideia inusitada.
Ela lançou uma câmera para monitorar a nossa saúde digestiva via IA, analisando fezes e urina produzidas pelo usuário.
A empresa jura que o dispositivo possui privacidade garantida, e promete uma precisão de 98% nos resultados.
O dispositivo é composto por uma câmera instalada no vaso sanitário para capturar as imagens das fezes e da urina que o usuário produz. E essas imagens são analisadas pela IA especializada em saúde digestiva.
O sistema utiliza a “Inteligência Artificial Intestinal” (inevitável chamar de IAI) para interpretar dados como forma, consistência e cor das fezes.
A IA foi treinada por médicos para oferecer insights sobre hidratação, consumo de fibras, presença de parasitas, problemas renais e mais.
Algo que é menos absurdo do que parece: vários diagnósticos de doenças são feitos através da qualidade do seu cocô, acelerando a identificação da enfermidade e o tratamento a ser adotado para o paciente.
A IA da Throne tem uma precisão de 98%, mas a empresa permite que os usuários enviem análises imprecisas para revisão médica manual, permitindo o aprimoramento do seu sistema com o passar do tempo.
O aplicativo da Throne permite registrar a alimentação, medicações, suplementos e atividades físicas, cruzando essas informações com as análises intestinais para fornecer relatórios completos sobre o estado digestivo.
O sistema categoriza as fezes de acordo com a escala médica de Bristol, que avalia a forma e a consistência das fezes, ajudando os usuários a monitorarem a saúde digestiva com precisão.
E a questão da privacidade?
Vejamos.
A câmera captura apenas imagens do conteúdo do vaso sanitário, removendo automaticamente informações irrelevantes.
Aqui, considere “informações irrelevantes” a imagem do usuário e (assim espero) as partes íntimas. Todo o conteúdo é criptografado e revisado de forma anônima.
O dispositivo é ativado por proximidade Bluetooth, garantindo que apenas o dono do equipamento tenha os dados registrados, preservando a privacidade de outros usuários.
Pode acontecer de não estarmos sozinhos na ida ao banheiro, e existe a pequena possibilidade de a câmera registrar a imagem de terceiros no processo.
Custo e disponibilidade
O dispositivo custa US$ 499, mas está em pré-venda por US$ 299. As primeiras unidades serão entregues no final do ano. Não há previsão de lançamento para o Brasil ou em outros mercados.
Um tanto quanto caro para analisar a minha b*sta, mas… se for para prevenir um câncer no intestino, está valendo.