A Huawei apresentou ontem (16) com os seus novos smartphoens top de linha uma alternativa aos cartões microSD, os chamados NM Card, ou Nano Memory Card.
Apesar da efusividade ao anunciar o novo padrão de armazenamento, a novidade, em princípio, não é uma boa notícia para quem quer investir o seu dinheiro nos novos Huawei Mate P20 e Mate P20 Pro.
O argumento da Huawei está na necessidade de criar uma nova geração de cartões de memória depois de 15 anos. Só tem um detalhe: não tem nada de errado com o microSD.
Sem falar que o NM Card não apresenta melhorias técnicas, especialmente considerando a sua velocidade máxima de transferência de 90 MB/s. Hoje, cartões microSD de boa qualidade superam os 100 MB/s com preços bem acessíveis.
Na verdade, a Huawei está tentando criar um novo segmento de mercado, sendo a pioneira no formato. E não parece que as outras empresas vão aderir ao NM Card, pelo menos não tão cedo.
Não é a primeira vez que tentam essa inovação. No passado, a Sony tentou o mesmo com o Memory Stick, e também fracassou na tentativa.
A não ser que a Huawei implemente novidades técnicas nos novos cartões, não há nada que justifique a existência do novo formato. Ainda mais com o fato dos cartões de memória, em regra, deixam os smartphones mais lentos com o passar do tempo.
Os serviços de armazenamento na nuvem também ajudam nessa equação. O Google Fotos (por exemplo) armazena fotos e vídeos com capacidade ilimitada. E os diversos serviços de streaming dispensam a necessidade de armazenamento de músicas no smartphone.
A Huawei não revelou os preços dos novos Nano Memory Card, mas a falta de sentido para o item faz com que o interesse pelo mesmo seja bem menor logo de cara. Ainda mais em um momento onde já questionamos a necessidade de um microSD nos smartphones atuais.
Mas não podemos culpar a Huawei por tentar.