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Huawei Mobile Services custou US$ 1 bilhão: vai adiantar de alguma coisa?

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O veto da administração Donald Trump e dos Estados Unidos contra a Huawei teve consequências muito graves para a empresa chinesa. Um dos golpes mais duros foi a impossibilidade em utilizar o Google Play Services e todos os aplicativos do Google em seus dispositivos com o sistema operacional Android.

Mas para quem pensou que a Huawei ia ficar calada e esperar sentada, se enganou. A empresa respondeu com força ao integrar o Huawei Mobile Services nos seus dispositivos. Este é um conjunto de aplicativos e soluções que devem eliminar por (quase) completo a dependência da empresa do Google Play Services, definindo assim a experiência Android desses telefones.

 

 

Nem todo o dinheiro do mundo compra a solução para esse problema

Criar aplicativos que podem substituir aqueles que estão presentes no Google Play Services não é uma tarefa especialmente complicada, de modo que não imaginamos que a Huawei vai ter grandes problemas para alcançar esse objetivo. O que é difícil mesmo é convencer os usuários que os seus aplicativos são pelo menos tão bons quanto os do Google para que os mesmos passem a utilizar essas soluções.

Por outro lado, é fundamental lembrar que, apesar da Huawei investir nada menos que US$ 1 bilhão no Huawei Mobile Services, existe um problema que não pode ser resolvido rapidamente, nem mesmo com todo esse dinheiro: a loja de aplicativos.

Hoje, a Google Play Store tem mais de 3 milhões de aplicativos, e possui suporte total por parte dos desenvolvedores, que seguem atualizando os apps presentes na loja, além de enviar novos projetos e aplicativos, agregando valor à esta solução.

Já o App Gallery da Huawei tem apenas 11 mil aplicativos, com alguns itens considerados essenciais como o WhatsApp, mas deixa de lado várias alternativas importantes, deixando a sua carência em relação à alternativa do Google mais que evidente.

É preciso ver como a Huawei Mobile Services vai evoluir, e se ela é o bastante para saltar o veto de Trump. Pouco provável: basta ver o que aconteceu com o Huawei Mate 30 e o Huawei Mate 30 Pro, dois smartphones excelentes que fracassaram nas vendas sem o Google Play Services.

Tudo indica que o Huawei 40 e o Huawei 40 Pro terão a mesma sorte sem o Google Play Services. E será complicado para a Huawei convencer o grande público a comprar um smartphone que não conta com o respaldo do Google e só tem acesso a 11 mil aplicativos.

 

 

Existe uma alternativa para tudo isso?

Sim, mas essa alternativa não é acessível para o grande público, e esse é o grande problema para a Huawei.

Os usuários mais experientes vão comprar o Huawei Mate 30 ou o Huawei Mate 30 Pro e apelar para as instalações independentes dos aplicativos do Google (ou de outros desenvolvedores importantes) via APK, em sites como o APK Mirror. Tecnicamente, nada impede que qualquer pessoa tente essa alternativa: basta liberar as permissões do dispositivo para instalar aplicativos de fontes de terceiros.

Porém, a maioria dos usuários não consegue fazer isso, e não vai se expor a instalar aplicativos no smartphone de fontes alternativas (mesmo com o APK Mirror sendo considerado um site seguro). Além disso, a maioria quer a praticidade de ter tudo pronto no dispositivo. E isso o Mate 30 e Mate 30 Pro não podem entregar.


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