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Haters de Capitã Marvel… muito obrigado!

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Ontem (19) eu participei de uma acalorada discussão sobre o filme Capitã Marvel. Para os leigos, esse filme já está na história do cinema por vários motivos: é uma das melhores bilheterias de estreia da história do cinema, já é a melhor bilheteria da história para um filme protagonizado por uma mulher e uma das melhores estreias da história da Marvel Studios.

Mas nada disso é relevante diante da importância contextual que a protagonista Carol Danvers entrega para uma nova geração de meninas que já se identificam com o empoderamento feminino da personagem, e até mesmo as mulheres que se identificam com toda mecânica machista institucionalizada, que é inteligentemente metaforizada no filme de várias formas.

Indo do “você não é capaz de fazer isso, pois aqui não é o seu lugar” até a reprogramação das memórias de Carol Danvers.

O filme não é perfeito. Tem problemas, sim. Mas é impecável na proposta de apresentar um discurso que faça as meninas se identificarem com os discursos objetivos de “você é capaz de fazer o que você quiser, e nenhum homem pode parar você”. Algumas mulheres que eu conheço se interessaram pelo filme apenas por esse discurso que não é subliminar. É direto. É claro.

Pessoas inteligentes conseguem perceber isso.

Mas uma coisa ficou na minha cabeça desde ontem.

Celebrity Skin.

A música da banda Hole, que tem como vocalista Courtney Love (viúva de Kurt Cobain, vocalista do Nirvana) está na trilha sonora de Capitã Marvel. E quem entende a letra dessa música entende como Carol Danvers se sente. Pois acompanhar toda a trajetória dessa personagem deixa claro o quão difícil é para uma mulher se reconhecer como um ser com poderes que nem ela mesma conhece ou entende. O quão doloroso pode ser estar em um mundo sem identidade própria. Ou o quão triste é viver em um mundo onde o entorno tenta dizer o que você deve ser.

E o sentimento de ser uma alma livre ao quebrar paradigmas é algo indescritível.

Quem sabe as palavras de Celebrity Skin podem fazer os nerds haters e burros entenderem porque Carol Danvers merece o nosso respeito e admiração:

“Ah, me supere
Eu sou tudo o que quero ser
Um estudo em andamento
Na Demonologia

Ei, estou tão feliz por você ter conseguido
Sim, agora você realmente conseguiu
Ei, estou tão feliz, agora você consegue

Ah, olha a minha cara
Meu nome é “poderia ter sido”
Meu nome é “nunca foi”
Meu nome é “esquecida”

Ei, estou tão feliz por você ter conseguido
Sim, agora você realmente conseguiu
Ei, só falta a gente agora

Quando acordo com minha maquiagem
É muito cedo para aquele vestido
Murcha e fraca, em algum lugar de Hollywood
Estou feliz por ter vindo aqui com o que eu te devia
Sem segundo aviso, porque agora você é uma estrela
Oh Cinderela, elas não são vadias como você
Belo lixo, belos vestidos
Você consegue se levantar ou simplesmente cairá?

É melhor você tomar cuidado com o que deseja
É melhor valer muito a pena pra morrer

Ei, estou tão feliz por você ter conseguido
Sim, agora você realmente conseguiu
Ei, só falta a gente agora

Quando eu acordo com minha maquiagem
Alguma vez você já se sentiu tão usada desse jeito?
É tudo tão sem graça
Prostituta/garçonete, modelo/atriz
Ah, vai sem nome mesmo
Trepadeira
Ela está cheia de veneno
Ela obliterou tudo o que beijou
Agora ela está fracassando em algum lugar de Hollywood
Estou feliz por ter vindo aqui com o que eu te devia

Você quer uma parte de mim
Bem, eu não estou me vendendo barato”

Resultado: os haters de Capitã Marvel estão fazendo com que eu ache esse filme cada vez melhor.


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