O WhatsApp baniu na Espanha 160 usuários que estavam em um grupo cujo nome foi alterado de Economía 1 para Pornografía Infantil. Tudo teria sido uma brincadeira de um colega do grupo, onde um dos seus participantes fez a denúncia da brincadeira antes de outro integrante alterar novamente para o nome original do grupo.
O grande problema é que uma vez que o suporte do WhatsApp foi notificado, os telefones dos 160 usuários participantes do grupo foram banidos da plataforma. Depois de tentar reverter o banimento com o suporte, não houve uma solução plausível porque, tecnicamente, eles violaram as normas do serviço. Ao que parece, mudar o nome de grupos do WhatsApp para termos relacionados com a pornografia infantil se transformou em uma espécie de brincadeira virtual de mau gosto, que afetou 90 estudantes de medicina do mesmo centro acadêmico dos primeiros 160 banidos.
Dois milhões de contas banidas por mês como resposta
No começo do ano, o WhatsApp comunicou que estava eliminando 2 milhões de contas da plataforma por mês, graças ao uso da aprendizagem automática, treinando com o comportamento para a detecção de casos problemáticos do passado. O sistema seria capaz de interceptar 20% das contas maliciosas, que acabam como contas bloqueadas.
A luta contra a pornografia infantil no WhatsApp enfrenta o problema da codificação ponta a ponta. Ou seja, para fechar as contas, a plataforma precisa apelar em muitos casos para o nome ou imagens dos grupos, que são visíveis.
Esse tipo de brincadeira envolvendo a pornografia infantil está se tornando viral, e quando existe a boa vontade do suporte do WhatsApp em considerar o problema como uma brincadeira, o suporte responde em média dois dias depois, devolvendo o acesso à conta.
Agora, se o usuário está envolvido de alguma forma com denúncias de duas mudanças de nome, muito provavelmente não vai conseguir recuperar a conta uma segunda vez, mesmo que o WhatsApp comprove que o seu histórico não é negativo. Por isso, é fundamental comunicar a gravidade dessas “brincadeiras” e, principalmente, estar em grupos onde somente pessoas responsáveis e conhecidas possam mudar o nome de grupo, de forma que você nunca precise passar por surpresas desse tipo.
Via El Comercio