Vamos combinar: este é o pior momento do ano para que motoristas entregadores entrem em greve em qualquer lugar do planeta. E isso aconteceu com os trabalhadores terceirizados da Amazon nos EUA.
O movimento começou depois que a Amazon se recusou em negociar com os trabalhadores membros do sindicado Teamsters, que representa esses profissionais.
Ou seja, a entrega de presentes de Natal de algumas pessoas vai atrasar por lá. A não ser é claro que a Amazon atenda às demandas, algo que duvido que vai acontecer.
O cenário de momento
Os motoristas estão em greve devido à recusa da Amazon em negociar com o sindicato Teamsters, que representa trabalhadores terceirizados e busca garantir direitos trabalhistas e melhores condições de trabalho.
A greve começou em armazéns da Amazon em Atlanta, Nova York, São Francisco, Skokie (Illinois) e outras localidades. Os trabalhadores realizam piquetes para chamar a atenção para suas demandas.
Os motoristas estão lutando por benefícios básicos e melhores salários, alegando que a remuneração atual não é suficiente para viver adequadamente na economia atual.
Muitos afirmam que não conseguem comprar presentes de Natal devido aos baixos salários pagos pela Amazon.
O International Brotherhood of Teamsters afirma representar cerca de 10.000 trabalhadores da Amazon e está organizando ações em várias instalações. O sindicato enfatiza que a greve é uma resposta à “ganância insaciável” da empresa de Jeff Bezos.
A resposta da Amazon
A empresa negou que os Teamsters representem seus funcionários e acusou o sindicato de enganar o público.
A porta-voz da Amazon Kelly Nantel afirmou que as ações do sindicato são ilegais e que a empresa não espera impactos significativos nas operações durante o período movimentado de compras de fim de ano.
Já o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) apresentou uma queixa contra a Amazon, afirmando que a empresa tem um dever legal de reconhecer e negociar com os Teamsters como empregador conjunto dos motoristas.
A greve ocorre em um momento considerado estratégico para os entregadores, pois estamos próximos do Natal. Uma paralisação como essa pode significar atrasos nas entregas de encomendas.
O presidente dos Teamsters já alertou que os consumidores poderiam enfrentar problemas devido à falta de ação da Amazon para negociar com o sindicato.
Enquanto a Amazon responde legalmente por essas questões salariais, a situação pode mudar com a nomeação de novos membros para o NLRB sob uma administração mais favorável aos negócios da gigante varejista.
Até lá, a greve continua. E os norte-americanos que comecem a torcer para que seus presentes cheguem a tempo para as festas natalinas.
Via The Verge