Uma interessante análise foi publicada pela SecureLIst, um grupo de especialistas da empresa de segurança Kaspersky, que detalha informações sobre ferramentas para hacking mais vendidas por uma empresa italiana chamada HackingTea. Apesar do software poder ser usado como um aplicativo de hackers do mais baixo mundo da internet, ele é vendido e utilizado por governos ao redor de todo o planeta.
Curiosamente, o Equador aparece como um dos países com maior número de servidores de controle (35), ficando atrás apenas dos Estados Unidos (64) e Cazaquistão (49).
O software, que funciona com os sistemas BlackBerry, Android, iOS e Windows Mobile (não confundir com Windows Phone), permite controlar por completo os dispositivos comprometidos. Os dispositivos passam a revelar suas coordenadas via GPS, gravar conteúdos de voz sem prévio aviso, copiar e-mails ou mensagens SMS, mostrar sites visitados, compartilhar histórico de chamadas, mostrar aplicativos instalados e até registrar fotos com a câmera, além de compartilhar chats do WhatsApp, Viber ou Skype. Tudo isso é feito através de um controle do dispositivo de forma remota.
Esse pode ser o cenário de caos, mas nem tudo é tão ruim quanto parece. Para instalar o software, é necessário ter o acesso físico ao dispositivo, ou ao menos as credenciais de administrador de forma remota ou automática. Além disso, no caso do iOS, o software só funciona em dispositivos com jailbreak. Ou seja, o seu smartphone muito dificilmente será vítima dessa vulnerabilidade. Porém, a história poderia ser outra para um dispositivo com uso corporativo, onde o usuário não possui o total controle.
Para mais informações sobre essa ferramenta e os usos que os governos poderiam estar fazendo dela, clique nas fontes desse post.
Via Wired, SecureList, CitizenLab