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Google Stadia: sete dúvidas sobre a revolução dos games

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O anúncio do Google Stadia deixou ótimas impressões, várias promessas e a proposta de mudar o mundo dos videogames para sempre. Porém, nada disso pode ser factível sem conhecer o produto na prática, sem saber o preço da assinatura, o catálogo disponível e a qualidade da experiência de uso.

Várias dúvidas sobre a Stadia já pipocam na internet, e esse post tenta responder a algumas dessas dúvidas.

 

 

É bom demais para ser verdade?

 

 

Tudo o que a Google mostrou até agora é realmente chamativo: games via streaming com qualidade, várias funções extras, o controle para tudo funcionar e até um estúdio de desenvolvimento próprio. Tudo muito interessante e promissor.

O streaming na nuvem tem vantagens evidentes, pois basicamente dispensa um hardware dedicado para jogar (qualquer dispositivo conectado na internet permite o jogo). Porém, essa comodidade tem alguns obstáculos, tanto para a Stadia como para as demais plataformas em desenvolvimento.

E as dúvidas mais levantadas nesse momento serão listadas a seguir.

 

 

1. Conectividade

 

 

Como o Google vai lidar com essa demanda toda de dados, especialmente em se tratando de gráficos em 4K a 120 fps? Mesmo reduzindo a qualidade da imagem para uma melhor experiência, o volume de dados será brutal (300 GB em 50 horas de jogo; dados estimados). Será que a empresa está pronta para lidar com isso?

 

 

2. Latência

 

 

Dados preliminares do Eurogamer mostram que o Google Stadia nesse momento se mantém em limites razoáveis, incluindo em casos de conexões com velocidade mais baixa (15 Mbps). O tempo de resposta no jogo online é fundamental para uma experiência satisfatória.

Quando todo mundo estiver conectado, a experiência será a mesma para todos? E no caso das conexões móveis? Esses gamers vão sair prejudicados? Parte do sucesso da Stadia passa também pelos jogadores de smartphones.

 

 

3. Qualidade da imagem

 

 

Muitos outros serviços de streaming usam a compressão de dados para viabilizar os seus serviços, em detrimento da qualidade final. O Stadia já entrega em fases preliminares gráficos inferiores ao do Xbox One, e vai ser muito difícil do serviço por streaming chegar no nível de detalhes de uma experiência local, mesmo com gráficos em 4K.

 

 

4. Fim do jogo offline, nada de downloads

 

 

O que vai acontecer se a conexão não estiver boa naquele dia, ou se você quiser jogar sozinho, em casa, e não em modo online? O Stadia é online, sim ou sim. Não há menção sobre downloads de jogos e instalação local dos games. Já a Netflix (serviço de streaming tanto quanto o Stadia) oferece os downloads offline para filmes e séries, algo útil em viagens de avião ou em locais com conectividade limitada.

 

 

5. A neutralidade da rede

 

 

Por que isso é um problema para a Stadia? Porque provedores podem priorizar determinados tipos de conteúdo para tráfego na internet em detrimento de outros. O Google teria que pagar uma espécie de taxa para oferecer conexões melhores do que oferecer de cara um serviço de qualidade. Isso acaba com a lei de livre concorrência e prejudicar vários outros serviços que tentarão competir em igualdade de condições.

 

 

6. Uma revolução (não necessariamente boa) para desenvolvedores

 

 

Nem todo mundo está feliz com o Spotify. Os artistas recebem menos do que com as vendas dos CDs. O mesmo pode acontecer com o streaming de videogames, onde os desenvolvedores provavelmente cobrariam pelo tempo de jogo em seus títulos, ou utilizando uma métrica similar a essa. Não está claro qual será o modelo de negócio, mas o Spotify pode ser a referência, o que seria uma tragédia para os desenvolvedores. Para os músicos, nem tanto: a maioria deles foi obrigada a voltar a fazer longas turnês. E no caso dos videogames? E os desenvolvedores independentes? Como ficam?

 

 

7. Preço, catálogo, jogos exclusivos e o fim da posse dos jogos

 

 

O Google não falou sobre nenhum desses temas. Quanto vai custar a assinatura do Stadia? Quais os jogos estarão disponíveis? Qual será a verdadeira experiência para o usuário, especialmente quando milhões estiverem jogando ao mesmo tempo?

Sem falar que não seremos donos dos conteúdos. vamos desfrutar deles, mas uma vez fora do serviço, não tem acesso aos jogos. No cinema e na TV, a Netflix fez uma transição relativamente tranquila, modificando os hábitos de consumo de conteúdo. Mas no mundo dos games, nada é muito certo.

 

 

As similaridades com os serviços de streaming de vídeo são inevitáveis, e tudo o que vimos nesse setor deve acontecer com o Stadia e seus competidores. Todo mundo sabe que o streaming é o futuro, mas não está claro como esse futuro vai funcionar.

Vamos ter que ser pacientes para obter respostas.


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