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Google Stadia resultou em alguns traumas…

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Quando o Google Stadia foi apresentado, ele prometeu ser uma verdadeira revolução no mundo dos games. Ter jogos AAA via streaming em computadores que mal rodavam o Paciência ou em TVs que jamais foram projetadas para executar jogos avançados.

Então… dois anos foram o suficiente para não apenas encerrar o projeto do Google Stadia, como também convencer a gigante de Mountain View a não voltar para o mercado de games. E dói dizer que essa proposta nunca funcionou.

É difícil entender o que realmente deu errado neste caso, pois estamos falando da toda poderosa Google, e não da Multilaser (nada pessoal). Mas vale a pena fazer uma reflexão sobre o assunto.

 

Fim do aluguel dos servidores na nuvem para os jogos de terceiros

O Google ficou tão traumatizado com a experiência do Stadia, que deixou de oferecer o armazenamento na nuvem para jogos de terceiros. Por exemplo, a Capcom utilizava esses servidores para testar o desempenho dos seus título no streaming, justamente porque todos estavam de alguma forma relacionados à plataforma que encerrou em 2023.

Essa modalidade do Stadia era uma espécie de “marca branca” do serviço, tal e como alguns fabricantes asiáticos de smartphones fazem para vender modelos de telefones para outras marcas comercializarem em diferentes mercados. O Google Stream era utilizado de forma exclusiva para testes, e nunca chegou a ser uma proposta comercial.

O Google até quer trabalhar com jogos na nuvem, mas não da forma como imaginamos ou conhecemos. Agora, a proposta inclui uma série de ferramentas do Google Cloud para ajudar as empresas a gerenciar os seus serviços de jogos ao vivo. E mesmo assim, o Google pisa em ovos com essa proposta.

Justamente porque o Google Stadia recebeu muitos investimentos, e ainda assim, não funcionou. Nem para os usuários, nem para o próprio Google.

 

Crônica de uma morte anunciada

Quando o Google anunciou o Google Stadia, muitos não entenderam muito bem o que a gigante de Mountain View estava vendendo de verdade. Era uma plataforma de games por streaming pago onde os usuário até poderia acessar o serviço, mas… não tinha jogos disponíveis!

Seria o mesmo que pagar pela Netflix mas sem poder ver os conteúdos do seu catálogo, já que não tem vídeos ou séries disponíveis.

Para jogar os games do Google Stadia, você tinha que comprar os jogos em separado. OU seja, você pagava pelo acesso à plataforma de jogos por streaming e TAMBÉM aos jogos, o que não fez muito sentido para a maioria dos usuários.

É como alugar um Xbox ou um PlayStation todos os meses para seguir jogando Call of Duty ou Assassin’s Creed. E sabendo que está comprando jogos que, na prática, não são seus.

 

O jogo na nuvem interessa aos gamers?

Essa é uma pergunta importante: o setor de videogames está preparado para o streaming?

Bom, se não está, não podemos dizer que não está tentando. O GeForce NOW da NVIDIA já oferece essa proposta, e tem uma vantagem: se você tem os jogos físicos ou em formato digital, pode jogar apenas pagando a assinatura mensal.

Ou seja, se você comprou um game na Steam ou na EA Play, pode rodar no GeForce NOW sem custo adicional.

O Xbox Cloud Gaming é outra alternativa. Ele está integrado ao Xbox Game Pass Ultimate, onde qualquer usuário pode rodar jogos de sua biblioteca no smartphone, tablet ou TV.

A Microsoft decidiu desenvolver um sistema de jogos na nuvem que se faz presente em um serviço muito maior e muito mais interessante que o Google Stadia, onde os jogadores podem aproveitar todos os benefícios por um preço muito competitivo.

Por fim, temos a Amazon com o Luna, que é bem parecida com o Google Stadia e infelizmente não está funcionando tão bem como planejado. E esse pode ser um sinal de que propostas semelhantes podem entregar os mesmos problemas.

Entendo que o Google apostou muito alto no Stadia, e ao mesmo tempo tratou a plataforma de games via streaming como mais uma proposta Beta dentro da empresa que sempre se viu como um grande experimento na internet.

O grande problema é que, dessa vez, os prejuízos foram tão grandes, que gerou um trauma que será difícil de ser superado. NVIDIA e Microsoft mostram que talvez o Google foi otimista demais com uma proposta ambiciosa, e apressada demais ao desistir da plataforma de forma precoce.

Foi o Google agindo como Multilaser (nada pessoal).


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