As gigantes de tecnologia podem recorrer ao Congresso dos Estados Unidos para discutir a neutralidade da rede.
CEOs de empresas como Facebook, Netflix, Alphabet (Google), Amazon ou Verizon foram convidadas pelo Presidente da Comissão de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes, Greg Walden, para um debate sobre o assunto, no próximo dia 7 de setembro.
O debate começou desde que a FCC passou a incentivar a reforma da Ordem da Internet Aberta em 2015, que permite que grandes provedores bloqueiem o conteúdo ou desacelerem a velocidade de internet nos serviços de seus concorrentes.
No dia 12 de julho, o evento Fight for the Future reuniu gigantes de tecnologia como Google, Facebook, Netflix, Amazon, Kickstarter e Spotify para protestar contra a ordem, que pode acabar com a neutralidade da rede. Agora, as empresas foram convidadas a expor seus argumentos diante do Congresso dos Estados Unidos.
Essas gigantes tecnológicas são consideradas por Walden como parte importante da conversa pública até agora, e o avanço do debate é fundamental para impedir práticas anticompetitivas.
Até o momento da publicação desse post, nenhuma das gigantes responderam ao convite de Walden.
Em setembro, as discussões sobre o futuro da internet nos Estados Unidos devem chegar ao fim. Depois do pedido das empresas de tecnologia, a política norte-americana convidou essas empresas a fazer parte da formulação da nova lei da neutralidade da rede.
Pode ser a oportunidade de repensar o modelo regulatório atual, construindo novas regras do zero. Mas é preciso que as empresas de tecnologia confirmem presença no Congresso, manifestando o desejo de ter uma internet aberta, livre e neutra nos EUA.
Aliás, o Congresso norte-americano também critica o Twitter, acusando a plataforma de bloquear mensagens contra a neutralidade da rede. Deputados do partido Republicano destacaram que, em 12 de julho (dia do protesto contra a reforma da lei de 2015), o Twitter bloqueou o blog da AT&T, que é contra a neutralidade. Os políticos então acusaram o Twitter de promover a censura.
O Twitter não se pronunciou a respeito, e os legisladores afirmam que estão dispostos a debater o tema para chegar a um acordo. Porém, o microblog não faz parte das empresas convidadas a testemunhar no Congresso, no próximo dia 7 de setembro.
Via The Hill