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Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition, um esnobado pelos atletas olímpicos

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Deselegância? Ou demonstração explícita de baixa popularidade?

A Samsung é um dos principais parceiros olímpicos, investindo muito dinheiro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. E as ações foram de smartphones transmitindo as imagens dos barcos do desfile de abertura via 5G até a criação de uma quarta medalha, feita de vidro reciclado.

Uma das iniciativas da Samsung para essa edição dos Jogos Olímpicos foi presentear todos os atletas olímpicos com uma unidade do Galaxy Z Flip 6 em edição especial.

O problema é que tem alguns atletas lá fora que decidiram abraçar o “espírito brasileiro de ser”, vendendo o presente recebido pela Samsung.

 

Um investimento pesado da Samsung

A empresa distribuiu cerca de 17.000 telefones Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition. E além da questão comercial, a Samsung pensou no marketing quando foi generosa nesse nível.

Não é a primeira vez que a Samsung presenteia os atletas com uma unidade do seu smartphone top de linha. A marca está fazendo isso desde Londres 2012, como parte da parceria comercial com o COI.

O que torna a edição de Paris 2024 algo diferente para que a Samsung fizesse questão em distribuir smartphones em larga escala é que essa é a primeira vez que os atletas podem levar smartphones para o pódio olímpico.

Sabe como é… estamos na era das selfies, e a versatilidade de design do Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition cai como uma luva nessa proposta.

O valor total de smartphones Samsung distribuídos para os atletas em Paris é avaliado em aproximadamente US$ 20 milhões.

É muito dinheiro, convenhamos…

 

Se é blogueiro que faz isso…

Mas tudo indica que os atletas não apreciaram muito o Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition, e começaram a comercializar as raras unidades do smartphone da Samsung em sites especializados, como eBay e Marktplaats.

Os atletas que foram flagrados comercializando os smartphones são dos Países Baixos, e a atitude gerou uma mais do que esperada controvérsia.

Não só pelo simples fato de se vender algo que ganhou de uma empresa, mas considerando o prestígio e a exclusividade dos dispositivos em questão.

É importante deixar claro que não existe qualquer tipo de proibição formal por parte da Samsung contra a venda dos smartphones.

O que seria algo ridículo. Afinal de contas, eles receberam as unidades do Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition sem qualquer tipo de compromisso comercial atrelado ou contrato assinado.

Logo, é literalmente o caso do “o produto é meu, e eu faço com ele o que eu quiser”.

Porém, a atitude dos atletas é vista como desrespeitosa para a Samsung, que é um dos maiores patrocinadores do evento Jogos Olímpicos.

E, no final das contas, a Samsung fez um investimento pesado para ter esse tipo de retorno e visibilidade.

Ter os atletas registrando selfies no pódio com smartphones da Samsung gera um marketing bem expressivo para a marca sul-coreana.

E saber que os atletas estão vendendo suas unidades do Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition significa gerar um marketing negativo, pois dá a entender que o telefone não caiu no gosto deles.

 

A justificativa dos atletas

Diante do flagra constrangedor e da polêmica gerada, os atletas decidiram entrar no modo “contenção de danos”.

Afirmam que não estão vendendo os telefones para obter lucro, mas porque já possuem um telefone para chamar de seu. E aqui, a emenda é pior que o soneto.

Ninguém é obrigado a trocar de smartphone apenas porque ganhou um dispositivo de alguém. Mas quando você vende o recebido, deixa um recado claro:

“Não tive o interesse em manter o Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition comigo, nem mesmo como lembrança dos Jogos Olímpicos.”

Mesmo que não seja exatamente o caso aqui, mas a mensagem que fica é essa.

Além disso, é preciso analisar caso a caso.

É certo que a grande maioria dos atletas olímpicos não são gigantes do esporte como os jogadores da NBA ou um Novak Djokovic.

Não podemos nos esquecer que os Jogos Olímpicos são compostos por atletas amadores em sua maioria. E são atletas que não ganham altos salários.

Ou seja, para esses atletas, vender um item raro como o Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition pode significar um dinheiro maior do que uma premiação que muitos não vão receber por não conquistar uma medalha em Paris.

Por outro lado, dependendo do perfil do atleta que vendeu o smartphone a imagem de ingratidão e falta de esportividade pode ficar marcada de forma permanente.

 

Samsung com o filme queimado

A venda desses telefones durante os jogos pode prejudicar a imagem da Samsung como patrocinadora. Aliás, pode piorar uma situação que já estava constrangedora.

Vários veículos de imprensa compartilharam a notícia de que as unidades do Galaxy Z Flip 6 Olympic Edition distribuídas para os atletas estavam travando justamente no momento mais importante para o marketing da Samsung: na hora da selfie no pódio.

Isso foi desmentido em um momento posterior, com a justificativa de que eram os atletas que estavam enfrentando dificuldades em registrar as selfies com o smartphone.

Algo que considero pouco plausível, pois a grande maioria dos competidores são jovens e com intimidade com as tecnologias modernas.

Para muitos, o gesto da Samsung em presentar os atletas com smartphones simboliza o reconhecimento e a valorização de quem está lá por amor ao esporte.

Pelo visto, a Samsung fica como uma esquecida no churrasco por uma galera que usa iPhone há anos.

A atitude dos atletas pode afetar negativamente a percepção pública sobre o relacionamento entre patrocinadores e eventos esportivos de grande escala.

E o mais importante: a ideia de que o Galaxy Z Flip 6 não é tão bom quanto parece.


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