A história até este ponto, você já conhece: a Samsung sofre de sérios problemas com as baterias do Galaxy Note 7, ao ponto de parar as vendas do produto e solicitar o recall das unidades distribuídas, além de interromper a produção do produto.
É estimado que este processo vai resultar para a Samsung gastos de US$ 1 bilhão. Mas o mais complicado será enfrentar a má publicidade em um momento de lançamento de um novo iPhone.
Em um 2016 que parecia ser mágico para a Samsung que estava em plena recuperação e com clientes que queriam gastar muito dinheiros em smartphones, aceitando que suas soluções eram melhores que as da Apple.
Hoje, colocamos um pouco mais de luz no tema das baterias, que pouco tem a ver com a solução, mas muito com o problema, principalmente quando identificadas de onde vinham as unidades defeituosas.
O problema afetou 0,01% da produção (35 unidades até agora), mas potencialmente poderia ser maior.
Primeira culpada: Samsung SDI
Dizem que os números de smartphones potencialmente perigosos poderia subir para 65% ou mais. Essa porcentagem vem do número de unidades fabricadas nas instalações coreanas e vietnamitas, e as unidades fabricadas na China não teriam sido afetadas.
As baterias danificadas são da Samsung SDI, filial da Samsung. As chinesas são fabricadas pela ATL e estão livres de problemas. São fabricadas para as variantes vendidas na Ásia.
Dois casos com o Galaxy Note 7 após a confirmação do problema
A Samsung produziu 2.5 milhões de unidades do Galaxy Note 7. Levando em conta os 65% de risco, concluímos que mais de um milhão e meio de telefones estão em perigo.
São alegados apenas 35 casos confirmados, mas dois acidentes sérios, um na Austrália e outro em Taiwan, reforçaram o problema: o smartphone começou a arder e explodiu durante a recarga.
O que vai acontecer (apesar de não haver confirmação oficial) é que a Samsung vai pedir mais unidades de bateria para a ATL para a produção do smartphone. Isso resultou em uma queda nas ações da Samsung SDI de 2.76% na bolsa.
Vale lembrar que a Samsung SDI já teve problemas na demanda das bateiras do Galaxy S6, e a Samsung teve que lançar mão da LG Chemicals e da ATL.
Na Coreia do Sul, mudas unidades saíram dos canais de distribuição, e vemos que as principais operadoras locais não registram problemas com o Galaxy Note 7, e até oferecem a devolução do dinheiro se o cliente quiser. Curiosamente, os clientes preferem a troca do produto do que o dinheiro, já que o smartphone segue sendo de interesse deles.
Quanto os parceiros, a Oculus se mostra reticente a usar unidades defeituosas em seus óculos de realidade virtual.
Ou seja, ninguém quer brincar com o fator risco.