A recém chegada de Sundar Pichai ao posto de CEO do Google já tem uma primeira missão: salvar o Google Now. O assistente de voz se transformou em uma referência no seu segmento, mas ficou sem parte dos seus desenvolvedores que trabalhavam em suas características no Google.
O assistente agora faz parte do departamento de buscas do Google, depois da petição de Amit Singhal, responsável dessa divisão de produto. Tal mudança aborreceu a vários engenheiros da empresa, e esse foi um dos motivos para a demissão de vários deles. O Google Now pode potencializar o negócio de buscas, fortalecendo a rentabilidade da publicidade, mas nem todos conseguem ver com bons olhos esse novo foco.
A característica Now On Top que a Google apresentou na I/O era uma das mais esperadas pelos usuários, mas sua integração no Android Marshmallow ainda vai demorar algumas semanas para chegar aos dispositivos Nexus (e vários meses para os demais dispositivos).
A Apple também não dormiu no ponto, e anunciou a algumas semanas que o iOS 9 vai incluir melhorias proativas para o Siri, que também pode eclipsar as virtudes do Google Now.
A essas alternativas, soma-se o fato da Google querer que os desenvolvedores que usam o Now on Tap registrem os dados coletados e compartilhem com eles, enquanto que a Microsoft tomou uma postura mais aberta, oferecendo mais liberdade aos desenvolvedores.
O debate e o fato que vários membros da equipe do Google Now abandonaram o barco – vários deles deixaram a empresa em março – faz com que o futuro do assistente pessoal do Google seja muito incerto.
Via Re/code