Mais um escândalo para o Facebook, que é amplamente questionada pelo tratamento dado aos dados de seus usuários, um problema que foi uma constante nos últimos meses para a empresa comandada por Mark Zuckerberg.
Em um passado não muito distante, o Facebook armazenou milhões de senhas de seus usuários sem codificar, além de entregar dados dos seus usuários para gigantes de tecnologia, expondo 540 milhões de registros.
Com tal histórico, não é surpresa ver o Facebook tentando virar a página, transmitindo normalidade e tentando recuperar a confiança do usuário, garantindo que “o futuro é privado”. Será? Esperamos por ações que respaldem suas palavras, mas nesse momento as perspectivas não são boas, e os escândalos não param de chegar.
Qualquer conteúdo publicado no Facebook desde 2014 é vulnerável
O mais recente vem pelas mãos da Reuters, que garante que desde o ano de 2014, o Facebook analisou e etiquetou diferentes conteúdos dos seus usuários, incluindo imagens, vídeos e diferentes atualizações de status dos perfis registrados. Esta atividade era realizada através de uma empresa terceirizada, a Wipro Ltd. A prática também afetava o Instagram.
Tais análises e sua categorização era feita com o objetivo de treinar um sistema de inteligência artificial que tinha como objetivo aprender a interpretar de forma efetiva e eficiente esse tipo de publicações. Todo esse trabalho permitiu ao Facebook encontrar novas formas de melhorar tanto o funcionamento da rede social como a monetização da mesma, ao mesmo tempo que representa um problema claro no que se refere à privacidade dos usuários.
O Facebook garante que respeitou o tempo todo a privacidade dos seus usuários, mas a Reuters informa que até mesmo os nomes dos mesmos ficaram expostos aos funcionários da Wipro Ltd, um feito que, se confirmado, contraria por completo o GDPR, expondo da empresa de Mark Zuckerberg a uma multa multi-milionária.
Vamos esperar para ver como essa situação evolui, mas o Facebook nesse momento se encontra imersa em uma espiral de escândalos difícil de sair, pelo menos a curto e médio prazo.
Via Reuters