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Estudo esclarece se os videogames podem ou não gerar a violência do mundo real

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Uma das críticas que os videogames mais recebem é a sua suposta relação com a violência do mundo real. Não é de hoje que aqueles que acreditam que os jogos com temática mais agressiva são capazes de alterar o comportamento das pessoas a ponto de levar a cometer crimes pregam um discurso contra esse tipo de jogo. Com o passar dos anos, muitos saíram em defesa dos videogames, combatendo essa associação direta.

Um estudo publicado recentemente mostra com dados concretos que NÃO EXISTE UMA RELAÇÃO ENTRE OS JOGOS VIOLENTOS E A VIOLÊNCIA DO MUNDO REAL. É certo que existem muitos trabalho de pesquisa desse tipo, mas esse estudo em questão conta com dois pontos que o torna único, e com especial valor.

 

Os jogos violentos e a criminalidade, frente a frente

Christopher J. Ferguson, da Universidade de Stetson (Flórida), publicou o estudo ‘Does media violence predict societal violence? It depends on what you look at when’. O título dá algumas pistas para onde vai a sua conclusão.

O trabalho consiste em dois estudos que seguem a mesma metodologia. Por um lado, buscar uma co-relação entre a violência no cinema e os crimes produzidos na sociedade. Nesse caso, o espectro do estudo escolhido envolveu o período entre 1920 e 2005. No segundo estudo, encontramos os videogames. Ferguson pegou os títulos violentos mais populares e comparou com o número de crimes cometidos por adolescentes nos Estados Unidos.

Os resultados desse estudo está no gráfico a seguir.

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Como é possível observar, o número de jogos violentos aumentou a partir de 1996 até o ano de 2011. Por outro lado, os crimes entre adolescentes caiu, e a tendência é que a queda continua. As duas linhas definem isso claramente.

Mas… isso significa que mais jogos violentos podem resultar em uma menor violência? Não é bem isso.

Isso quer dizer que não podemos relacionar os dois dados para afirmar qualquer tendência de comportamento, seja para um lado, seja para outro. Não há relação do aumento ou queda de violência pelo consumo de jogos violentos.

O que chamou a atenção no estudo é que, por um lado, são dados suficientemente extensos no quesito tempo para que as conclusões alcançadas por Ferguson sejam corretas. São 15 anos analisando a tendência no mundo dos videogames é uma boa mostra para análise de dados. A metodologia utilizada faz com que o seu trabalho seja único, pois até agora a maioria dos experimentos se basearam em testes de laboratório, onde se busca uma relação de causa/efeito entre consumo imediato de videogames violentos e a aparição (ou não) de agressões a outras pessoas.

Em todo o caso, o que fica claro é que a criação de conteúdos violentos aumentou nos últimos anos, mas a preocupação para muitos segue sendo se existe uma relação entre os dois, e não tanto se há ou mais ou menos filmes, séries e jogos de videogames desse tipo.

Você pode conferir o estudo na íntegra, clicando aqui.


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