O avanço mais significativo do iPhone 16e está, de forma indiscutível, sob a sua carcaça híbrida entre o iPhone 14 e o iPhone XR. O chip A18 representa um salto geracional considerável em comparação ao processador presente no iPhone SE de terceira geração.
Neste caso em específico, estamos falando o óbvio (porque são três anos sem atualizações em relação ao último SE) e, ao mesmo tempo, uma importante mudança para receber uma das principais novidades da Apple no iPhone: a inteligência artificial.
Neste artigo, mostro como a escolha pelo processador mais potente é relevante para os objetivos que a Apple quer alcançar com este smartphone.
Maior fluidez não basta. Tem que ter IA
A evolução no processamento não se traduz apenas em maior fluidez para tarefas cotidianas – algo que os chips da Apple já executam com excelência mesmo em gerações anteriores – mas principalmente em capacidade para suportar as novas funcionalidades baseadas em inteligência artificial que a empresa tem desenvolvido.
A Apple Intelligence, conjunto de recursos de IA exclusivos para modelos mais recentes, representa uma nova fronteira na interação com smartphones, oferecendo desde transcrição de áudio em tempo real até assistência contextual avançada em diversas aplicações.
Para profissionais que dependem de produtividade móvel, especialmente no contexto brasileiro onde muitas vezes o smartphone substitui computadores em diversas tarefas, este avanço pode representar um diferencial decisivo na escolha entre esse iPhone 16e tão criticado e outros modelos do passado que não são compatíveis com os recursos de IA.
Além da compatibilidade com novas tecnologias, o chip A18 também garante maior longevidade ao dispositivo em termos de suporte a atualizações de sistema.
O iPhone 16e tem suporte projetado até o iOS 23, representando pelo menos dois anos adicionais de vida útil com as mais recentes funcionalidades e correções de segurança em relação ao iPhone 14, o seu concorrente direto de preço e especificações técnicas.
Este é um fator particularmente relevante no mercado brasileiro, onde o alto custo dos dispositivos Apple faz com que muitos usuários mantenham seus aparelhos por períodos mais longos – frequentemente superando três ou quatro anos de uso.
A garantia de atualizações por um período estendido não apenas preserva a segurança e funcionalidade do dispositivo, mas também protege o investimento significativo que um iPhone representa para o consumidor, especialmente considerando a desvalorização mais lenta dos produtos Apple no mercado de usados quando comparados a smartphones Android.
Maior autonomia de bateria é melhor do que segunda câmera
O avanço em processamento também se reflete em melhorias na eficiência energética, contribuindo para o aumento na autonomia de bateria do iPhone 16e. E este é um dos pontos mais importantes para que usuários e produtores de conteúdo defendam a compra desse modelo.
A maior eficiência energética também prolonga a vida útil da própria bateria, reduzindo a necessidade de ciclos completos de carga e, consequentemente, a degradação do componente ao longo do tempo.
Considerando que a substituição de bateria em centros autorizados Apple no Brasil pode representar um custo considerável, a maior eficiência energética traduz-se também em economia a longo prazo.
Para profissionais que dependem intensamente do smartphone em seu dia a dia de trabalho, como jornalistas, produtores de conteúdo ou profissionais de vendas que passam longos períodos longe de pontos de recarga, a maior autonomia de bateria representa um ganho prático que pode compensar outras limitações do modelo, como a ausência da segunda câmera ou da Dynamic Island.