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Estamos na era dos micro pagamentos

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Agora, não basta o usuário chegar até você e sua marca. É preciso convencê-lo (ou condicioná-lo, em alguns casos) a seguir pagando de tempos em tempos por conteúdos que você oferece, pois dessa forma você não depende de anunciantes ou patrocinadores. E, dessa forma, nasceu a mecânica dos micro pagamentos por conteúdos.

E, tal e como acontece com muitas coisas que viraram tendência na era da internet, os micro pagamentos nasceram em um segmento muito específico e peculiar: nos conteúdos adultos.

 

 

 

Tudo começou (de novo) com o pornô

 

 

Os micro pagamentos nasceram juntos com as primeiras salas eróticas da internet, no final da década de 1990. Sites como AmandaCam (1998) ou LiveJasmin (2001) ofereciam versões mais avançadas do tele-sexo, onde a cobrança era feita pelo número do cartão de crédito. Algum dinheiro por alguns minutos de um show erótico ao vivo.

A tecnologia evoluiu, a qualidade das transmissões de vídeo ao vivo melhorou, e o sistema de micro pagamentos cresceu junto com tudo isso, sempre no universo pornô, onde sites como OnlyFans ou Justforfans oferecem vídeos exclusivos em troca de uma assinatura.

Fora do cenário dos conteúdos adultos, os micro pagamentos se tornaram uma via de receita a ser considerada por todos os desenvolvedores e envolvidos no mundo da tecnologia. Plataformas como YouTube, Twitch, Mixer, Facebook Gaming, Vimeo, Patreon, OnlyFans ou Ivoox entre muitas outras oferecem aos criadores de conteúdo a possibilidade de enviar ou transmitir ao vivo os seus conteúdos e cobrar por isso.

 

 

 

Micro pagamentos ao vivo: o tempero dos streamings

 

 

O sistema de micro pagamentos é muito utilizado nas plataformas de streaming mais populares. As recompensas para os usuários vão de simples elementos visuais em forma de emojis e GIFs até o Super Chat no YouTube, onde a sua mensagem aparece em destaque e recebe relevância para uma comunicação mais direta com o apresentador do streaming.

O Super Chat é algo muito mais limitado das ferramentas que as plataformas gamers já oferecem, mas sua simplicidade se alinha com a proposta geral do YouTube. Já o público gamer certamente vai preferir o Twitch ou o Mixer para realizar a mesma interação.

 

 

 

A gamificação em ver outras pessoas jogando videogames

 

https://youtu.be/9UB7raPWfVA

 

Cada plataforma tem a sua peculiaridade, mas todas oferecem a possibilidade em trocar os tokens por emojis e efeitos especiais para serem utilizados nos chats. Porém, algumas alternativas permitem inclusive participar da partida em curso, ativar eventos para interagir na ação do streamer ou até assumir o controle do jogo por alguns instantes.

Essa gamificação que influencia na ação exibida no streaming é impulsionada pelas próprias plataformas, que publicam rankings sobre os fãs com mais tokens utilizados, galerias de medalhas e outros elementos para estimular o pagamento de elementos para que o coleguinha supere o outro coleguinha.

O Mixer vai um passo além, fomentando a competição ao considerar o dinheiro e o tempo gasto na plataforma. A plataforma da Microsoft outorga de forma gratuita os sparks (uma espécie de tokens), que são conquistados pelos espectadores com o simples ato de assistir as transmissões no serviço. Com os sparks, você pode comprar mais opções de expressão e medalhas que refletem o seu vício voyer no mundo gaming.

 

 

 

Assinaturas, ou o micro pagamento frio e calculista

 

 

Com uma assinatura, um fã pode acessar conteúdos por vias exclusivas, como vídeos, podcasts, ilustrações, textos e outros elementos que podem ser visualizados e utilizados durante as transmissões ao vivo. Tudo também em sistema de gamificação.

Hoje, o sistema de assinatura é a ordem do dia. Popularizado pelo Patreon em 2013 e migrado para o mundo pornô pelo OnlyFans, todas as plataformas mencionadas nesse post contam com essa mecânica para fidelizar os usuários. E esse sistema ainda parece ser mais aceitável do que os micro pagamentos.

Por enquanto, os micro pagamentos caminham em um terreno confuso entre os lucros minúsculos típicos dos streamings ao vivo e as assinaturas mensais que são mais generosas na rentabilidade. Fato é que este é um modelo de negócio que tem algo a oferecer para os criadores e os fãs. Os fãs pagam por conteúdos que não receberiam sem pagar, e os criadores de conteúdo contam com um fluxo de receitas que os libera de depender de anunciantes ou terceiros.

De alguma forma, parece que todos saem ganhando com isso.


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