Apareceram recentemente alguns rumores que apontam para o início do desenvolvimento do Windows 12. A Microsoft daria o pontapé inicial neste sentido em março de 2022, e algumas propostas de emprego reforçam esses rumores. Mas não temos nada de oficial até agora.
Se acontecer, teremos um desenvolvimento a longo prazo, já que o suporte para o Windows 11 vai perdurar por muitos anos, com atualizações de segurança e grandes updates. Mas… supondo que os rumores se materializem, vale a pena perguntar: será que precisamos mesmo de um Windows 12?
E onde está aquela Microsoft que garantiu que o Windows 10 seria o “Windows definitivo”?
Precisamos de um Windows 12?
Parece que o modelo de rolling release prometido pela Microsoft para o Windows 10 foi mais uma grande mentira para os usuários. Ou a empresa simplesmente mudou de ideia. Seja como for, veio o Windows 11, que muita gente chama de Windows 10.5.
Na prática, o Windows 11 conta com muito do que está presente no Windows 10, com as adições dos elementos que estavam presentes no finado Windows 10X. No final das contas, a Microsoft apostou no Android para os dispositivos dobráveis, e aproveitou o que pode na versão atual do seu sistema operacional para desktops do que estava no projeto do passado.
De acordo com os rumores recentes, a Microsoft vai trabalhar em pelo menos quatro bases principais para o desenvolvimento do Windows 12:
- Eliminar a antiga base do Windows, deixando de lado os elementos das versões anteriores do sistema operacional, o que seria uma revolução sim, mas que provocaria um problema de compatibilidade que a Microsoft tem que resolver.
- A exigência de uma conta Microsoft para usuários domésticos e profissionais, algo que já está em curso neste momento para o Windows 11.
- A volta da aposta no projeto Windows Core OS, com desenvolvimento modular que pode ser ampliado ou reduzido através de módulos para atender as necessidades de diferentes dispositivos.
- O uso obrigatório do Microsoft Pluton, uma alternativa ao TPM do Windows 11, com um chip de segurança presente na CPU.
Se vier, terá que superar enormes desafios
Se o Windows 12 chegar com essas bases estabelecidas, a Microsoft terá que se superar para entregar o sistema operacional do jeito que promete.
O maior desafio da Microsoft com o Windows 12 é, em teoria, manter todo o ecossistema atual do Windows. O Windows 10X executava aplicativos universais UWP e os apps progressivos, e o suporte para os aplicativos Win32 é uma promessa pendente de anos. E mesmo com a possibilidade de virtualização de aplicativos, a Microsoft não consegue alcançar esse objetivo.
De qualquer forma, não é difícil pensar que o Windows 12 deve mesmo chegar mais cedo ou mais tarde. Talvez a pergunta não deveria ser se precisamos ou não de uma nova versão do sistema operacional da Microsoft. Com tudo o que já foi apresentado, a pergunta mais importante é: ele pode ser tão revolucionário quanto aparentemente promete?
Tenho minhas dúvidas sobre isso. O tempo vai dizer, mas tudo o que já vi sobre o Windows até agora me leva a crer que a Microsoft tem pouco a avançar em relação ao ponto onde já estamos.