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Esse é o pior problema do Wear OS

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Desde as primeiras gerações do Wear OS, o consumo elevado de bateria tem sido uma das principais queixas dos usuários. Mesmo com todas as melhorias no sistema operacional, a autonomia dos dispositivos ainda está longe de ser satisfatória na maioria dos casos.

Ninguém gosta de carregar um smartwatch todos os dias (ou, na melhor das hipóteses, a cada dois dias). Isso é irritante, principalmente quando olhamos para o lado e constatamos que os relógios da Xiaomi ou da Amazfit contam com uma autonomia muito maior.

Tem como resolver isso?

Bom, podemos tentar. Neste artigo, compartilho algumas dicas que podem ajudar a estender a autonomia de bateria no Wear OS.

 

Dicas paliativas para melhorar a autonomia

Existem estratégias que podem ajudar a prolongar a vida útil da bateria nos relógios com Wear OS, como desativar a localização, restringir aplicativos em segundo plano e reduzir a frequência do uso de sensores de saúde, como o monitor de frequência cardíaca.

O problema é que tais medidas são consideradas apenas paliativas, e não resolvem o problema de forma definitiva.

Mesmo que você faça todos esses ajustes no seu relógio, o ganho de autonomia é marginal, com poucos minutos extras de uso diário adicionados no seu relógio.

O tamanho reduzido dos smartwatches é um dos maiores limitadores da autonomia de bateria, e esse é o grande problema que o Google precisa administrar hoje no Wear OS.

A necessidade de manter o dispositivo leve, portátil e funcional impede o uso de baterias maiores. Se bem que… de novo, relógios da Amazfit e da Xiaomi conseguem alcançar vários dias longe do carregador, e são igualmente pequenos nas dimensões.

O grande ponto aqui é que os relógios Wear OS, na grande maioria dos casos, executam tarefas mais complexas que os seus concorrentes, como responder mensagens no WhatsApp ou navegar com o Google Maps.

Logo, é natural que esses relógios gastem mais bateria que os demais. E aqui, cabe ao Google correr atrás de encontrar soluções que reduzam o impacto do consumo energético no Wear OS e, ainda assim, manter as funcionalidades no sistema operacional

 

Principais causas do alto consumo de bateria

De um modo geral, os relógios com Wear OS sofrem com a baixa autonomia de bateria por conta desses quatro motivos em comum:

  1.     Serviços em segundo plano: O Wear OS mantém vários serviços ativos simultaneamente para garantir a funcionalidade, o que consome boa parte da autonomia.
  2.     Interface do usuário: Mesmo quando não está sendo usado, o relógio mantém a interface pronta para interação, processando constantemente imagens e elementos visuais em alta velocidade.
  3.     Conexões sem fio: A dependência do celular exige que conexões como Bluetooth e Wi-Fi permaneçam ativas, aumentando o consumo energético.
  4.     Sensores de saúde: Funções como monitoramento cardíaco e rastreamento de sono funcionam de forma contínua para fornecer dados confiáveis, consumindo energia constantemente.

 

Vai ter solução um dia?

Até o momento, as melhorias na autonomia dependem quase exclusivamente dos desenvolvedores do software, que precisam otimizar o consumo de energia do sistema operacional.

Entretanto, o progresso nessa área tem sido limitado. Os usuários que desejam um smartwatch com autonomia de pelo menos cinco dias devem buscar alternativas fora do ecossistema Wear OS e Apple Watch, optando por dispositivos mais simples ou com sistemas proprietários focados em eficiência energética.

É claro que essa é uma tecnologia que está em constante evolução, e a tendência é que baterias mais eficientes apareçam em um futuro a médio prazo.

Já estão aparecendo para os smartphones que, a partir de 2025, passam a contar com 6.000 mAh como “bateria padrão” para os dispositivos mais potentes.

O duro é ter que esperar por essas melhorias na bateria dos relógios com Wear OS em um prazo que, neste momento, é considerado como “indeterminado”.


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