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Entenda: o PS5 NÃO é um PC de baixo custo

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Os consoles de videogames sempre ditaram o ritmo de evolução dos jogos, mas nos últimos anos são esses os produtos que limitam o avanço tecnológico no setor. Hoje, os games para PCs poderiam ir muito além pela possibilidade de upgrade das especificações técnicas.

Os limites impostos pela atual geração de consoles para garantir uma compatibilidade e desempenho adequado nos jogos chega a ser algo irritante para jogadores e desenvolvedores. Há quem diga que Cyberpunk 2077 poderia ser um jogo muito melhor se o PS4 e o PS5 simplesmente não existissem, com um tempo enorme gasto nas otimizações para o hardware.

Resultado: hoje, é possível montar um PC superior ao PS5 e ao Xbox Series X sem grandes investimentos, por conta da queda dos preços dos componentes. Mas tem gente defendendo que o console da Sony de atual geração ainda é um bom negócio nos aspectos técnicos.

 

Um PC de baixo custo otimizado?

Mesmo com as semelhanças nas especificações técnicas, um console não é um PC, já que é otimizado para os jogos. Seu hardware vai trabalhar pensando na máxima performance e fluidez dos games, e não precisam ir muito além disso para entregar uma boa experiência de uso.

Mark Cerny, chefe de design e arquitetura da PS4 e PS5, sai em defesa do peixe que ele ajudou a pescar (ou colocar no rio, dependendo do ponto de vista).

Ele afirmou em recente entrevista que o PlayStation 5 não foi projetado como um PC de baixo custo, e que o produto segue oferecendo uma relação custo-benefício bem sólida em função do desempenho gráfico e de uma fluidez que nenhum computador de baixo custo consegue chegar perto de entregar.

São bons argumentos para defender um produto criado por ele mesmo.

 

As limitações de um console como o PS5

O problema é que o PS5, por melhor que ele seja, ainda é limitado por não oferecer a resolução em 8K ou o ray tracing nos jogos, duas tecnologias que o console nunca conseguiu executar de forma plena, apesar de todas as promessas neste sentido na época do seu lançamento.

O que joga a favor do PS5 é que nenhum PC que pode entregar a mesma experiência de uso plena vai custar o mesmo preço do console da Sony. E no final das contas, é o preço final do produto (cominado com a comodidade de rodar os games em um dispositivo dedicado) que determina a escolha por parte dos clientes.

Além disso, são os consoles de videogames que estão impulsionando o uso de APIs avançadas como DirectX 12 e Vulkan, além de estabelecer o SSD como padrão de armazenamento de dados e jogos nesse tipo de produto.

O grande diferencial hoje a favor dos consoles é mesmo o ray tracing. Uma placa GeForce RTX 4060 pode executar jogos com qualidade máxima e de forma bem fluída sem maiores problemas, algo que o PS5 ainda não o faz sem enfrentar maiores dificuldades.

No final, a atual geração de consoles de videogames precisa lidar com mais um fardo totalmente indigesto: atrapalhar a evolução dos jogos, por mais surreal que isso pode representar.


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