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EA se desespera, e procura um comprador

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Quem diria… a indústria dos videogames está se vendendo para gigantes da tecnologia e do streaming, e todo um setor está migrando ou se transformando para sempre.

Depois da compra da Activision/Blizzard por parte da Microsoft e da Bungie pela Sony, agora é a Electronic Arts (EA) que pode ser adquirida por uma gigante do streaming. E eu sei que tem um grande grupo chocado com a notícia, e outro grupo menor comemorando pelado em apartamentos de capitais brasileiras.

É fundamental entender o que está acontecendo neste momento para, com alguma sorte, tentar imaginar o que pode acontecer no futuro. Fato é que uma das pioneiras nos jogos de computador e nos videogames esportivos está se colocando a venda, e isso pode mudar muita coisa neste universo.

E pode mudar para sempre.

 

 

 

Por que a EA está se vendendo para gigantes da tecnologia?

Porque, ao que tudo indica, o negócio se esvaziou para a Electronic Arts.

A EA perdeu nos últimos meses os direitos de franquias de videogames consideradas gigantescas, como Star Wars e FIFA. E sem elas, vai ficar difícil para que o negócio prospere tal e como conhecemos.

A Electronic Arts nasceu em 1982, e se destacou ao longo dos anos em concentrar franquias gigantescas de videogames importantes para o mercado. Alguns exemplos: FIFA, Madden NFL, NBA Live, NHL, UFC, The Sims, Need for Speed, Command & Conquer, Dragon Age, Mass Effect, Battlefield, Star Wars e muitos outros.

Tudo bem, você pode até pensar que o catálogo da EA é enorme e vários desses jogos ainda podem render muito lucro para a produtora. Porém, perder FIFA e Star Wars (essa segunda deixa de ser exclusiva em 2023) tem o mesmo efeito que quebrar as pernas de uma pessoa que está caminhando normalmente.

Agora, some isso ao fracasso de vendas e críticas ao último jogo da franquia Battlefield, o estancamento de franquias como The Sims e o esgotamento de empresas como a Bioware, e você tem o cenário de caos que a EA se encontra hoje.

Sem falar em todas as decisões equivocadas que a própria EA tomou para chegar nessa situação, como comercializar alguns dos seus principais jogos como serviços e a superexposição dos jogos aos sistemas de micro pagamentos e DLCs, algo que fez com que os jogadores abandonassem os títulos por entenderem que a empresa estava tentando fazer os jogadores de legítimos otários.

 

 

 

Quem quer comprar a EA?

Há quem diga que a EA está se oferecendo para gigantes do setor da tecnologia e do entretenimento, como são os casos de Amazon, Apple e Disney. As conversas existem tanto para o movimento de compra como para a proposta de uma fusão para permitir que os seus atuais diretores continuem a controlar o caminho da empresa.

Na prática, nada mudou (ainda). Porém, já dá para imaginar que a venda da Electronic Arts pode ser uma péssima notícia para os gamers de PC e consoles, pois os jogos da empresa podem se tornar exclusivos para serviços na nuvem mediante assinatura, acabando com o prazer de sair de casa para comprar uma cópia física do jogo.

No final das contas, vamos esperar para ver o que vai acontecer com a EA. Mas tudo indica que a era dos grandes desenvolvedores de games está mesmo terminando. Quem permanecer na batalha que apague a luz. E se a toda poderosa Electronic Arts está atirando a toalha, temos aqui um claro sinal que as portas para as demais estão se fechando violentamente.


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