É importante você conhecer cada detalhe sobre o smartphone que você usa, principalmente nos temas que falam diretamente sobre o seu funcionamento. Quanto mais você souber sobre o dispositivo que você tem nas mãos, melhor você vai poder aproveitar os seus recursos, e sua experiência de uso vai melhorar e muito.
Ou seja, saber mais sobre o comportamento do dispositivo pode inclusive oferecer vantagens para manter o seu telefone funcionando bem por mais tempo. Aumentar a relação custo-benefício, e evitar a necessidade de troca de dispositivo a cada ano (pelo menos) pode representar uma substancial economia a longo prazo.
E um dos itens que mais preocupam os proprietários de smartphones enquanto usam o dispositivo de qualquer marca é o cuidado que ele precisa ter com a sua bateria. Ao longo do tempo, tanto fabricantes como especialistas e até mesmo os próprios usuários foram adotando medidas preventivas para obter um uso correto desse item, para prolongar a sua vida útil.
Uma das recomendações mais repetidas pelos sites especializados durante um bom tempo para obter uma maior duração de bateria nos smartphones é deixar a mesma descarregar por completo, até que o telefone se desligue sozinho.
Mesmo? Será? É isso mesmo?
Esperar a bateria acabar para carregar: isso é correto?
Não. Bom, pelo menos em 2020, não mais.
No passado, essa regra até fazia algum sentido, pois a tecnologia presente nas baterias daquela época ainda contavam com o famigerado “efeito memória”, o que resultava em uma maior degradação da bateria com o passar do tempo.
Além disso, minhas experiências pessoais com esse comportamento do “deixar a bateria se esgotar até acabar” nunca foram das melhores. Me lembro que alguns dispositivos da Motorola que esgotaram a bateria encontraram muitas dificuldades para voltar a funcionar, ficando várias horas no carregador até entregar algum sinal de vida.
Hoje, a regra do “deixar descarregar a bateria até desligar o smartphone” está completamente desatualizada. Os materiais utilizados nesse momento para a fabricação das baterias são diferentes, deixando para trás o “efeito memória”.
Antigamente, as baterias eram fabricadas com níquel metal cádmio, e nesse caso, o mais correto era mesmo deixar a bateria zerar para depois conectá-la a uma fonte de energia. Agora, as baterias são fabricadas com íons de lítio ou polímero de lítio, o que entrega uma vida útil de 3 a 5 anos, um tempo até que razoável para que a sua degradação aconteça (a maioria dos usuários fica com um smartphone por pelo menos dois anos).
Logo, você pode conectar o seu smartphone no carregador a qualquer momento, sem precisar se preocupar em esperar zerar a energia na bateria para iniciar um novo ciclo de recarga.
Outro importante fator que você precisa ter em mente é que, na atualidade, a vida útil de uma bateria é medida pelos ciclos de vida, e não pelos anos que você está utilizando o dispositivo. Aqui, cada ciclo de recarga se completa quando chegamos a 100% de bateria. Logo, muitos recomendam que você carregue a bateria entre 80% ou 90% no máximo, ou que pelo menos não deixe a recarga chegar em 100% várias vezes por dia ou durante a semana.
E, mesmo assim, isso nem se compara ao “efeito memória” do passado. A degradação de ciclos de recarga é muito menor.