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Dynamic Island? Ou furo na tela?

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Não me entenda mal, amigo leitor.

Eu realmente agradeço à Apple por finalmente encontrar uma solução que acaba com o notch na tela do iPhone. A Dynamic Island é bem mais interessante que uma monocelha na tela, mesmo que o recurso não seja algo exatamente novo, ou que não se apresente como algo perfeito ou impecável.

Por outro lado, não podemos ignorar o fato que muitos de nós se acostumaram com o tal furo na tela do dispositivo, algo bem menos intrusivo que o notch, mas igualmente incômodo para pessoas com TOC ou que sempre sonharam com os sensores fotográficos abaixo da tela.

Sei que essa discussão pode ser pouco relevante para quem aceitou uma solução ou outra, mas entendo também que muitos usuários contam com essa mesma curiosidade.

Por isso, vale a pena dedicar um tempo para tentar descobrir qual é a melhor solução entre a Dynamic Island e o furo na tela em um smartphone.

 

Os prós e contras da Dynamic Island

Os fãs da Apple estão empolgados com a Dynamic Island, mas mal sabem eles que o Android entregou essa solução antes. Só não fez da mesma forma que a gigante de Cupertino e, por causa disso, o campo de distorção da realidade está ligado mais uma vez.

É importante lembrar para os mais leigos sobre a história da tecnologia que a Honor lançou anos antes uma solução muito parecida com a Dynamic Island apresentada pela Apple no iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max. Ou seja, o recurso pode ser uma novidade para quem nunca chegou perto de um telefone Android. E, mesmo assim, não deixa de ser uma solução bem interessante.

Ter um recurso que se adapta às características de cada aplicativo e se alinhando ao usuário em suas necessidades e preferências é sempre melhor do que um elemento estático na tela que não faz nada a não ser incomodar o sossego de quem gosta de um design mais limpo.

E o grande mérito da Dynamic Island (além de promover esse elemento de interação) é justamente integrar a estética dessa solução ao restante do sistema operacional. No final das contas, esta é uma solução elegante e muito funcional. E nem precisa pensar muito para concluir que o recurso será escancaradamente copiado por outros fabricantes de smartphones.

Porém, nem tudo é perfeito nesse mundo. Algumas pessoas afirmam que a Dynamic Island é sim menor e mais interessante que o notch presente nas gerações anteriores do iPhone, mas ainda é maior que um simples furo na tela da maioria dos dispositivos concorrentes que estão no mercado.

Se por um lado você não recebe nenhuma notificação ou interação, por outro lado, o furo na tela é menos intrusivo na hora de consumir conteúdos multimídia, navegar na internet ou rodar jogos. E para algumas pessoas, aquela mancha preta que a Apple colocou na tela do iPhone 14 Pro e Pro Max pode ser algo horrível nessas horas.

Sem falar que os primeiros usuários que testaram a Dynamic Island detectaram que, em situações onde a tela exibe muita luminosidade, o contraste entre o tom preto do elemento de hardware (câmera e sensor Face ID) e o software fica muito evidente, acabando com os bons resultados estéticos do elemento de interação do novo iPhone.

 

Os prós e contras do furo na tela

A principal vantagem do furo na tela já foi devidamente destacada neste artigo: o espaço que você vai ganhar na tela.

Os furos de tela nos smartphones Android são consideravelmente menores do que a Dynamic Island, o que resulta em um maior protagonismo no elemento de hardware que merece o maior destaque em qualquer telefone: a tela.

Tudo bem, estamos falando de conceitos completamente diferentes. O que a Dynamic Island oferece vai muito além de manter um buraco na tela que só existe porque a tecnologia não avançou o suficiente para deixar o sensor de câmera frontal abaixo do display (e isso é uma questão de tempo para se tornar algo mais comum nos dispositivos).

Mesmo assim, algumas soluções de software para telefones Android podem muito bem esconder esse furo na tela. O único preço que o usuário tem que pagar neste caso é ter uma tela um pouco menor para o consumo de conteúdos de vídeo e jogos. E se você esperar mais um pouco, é certeza que algum desenvolvedor de software vai emular o comportamento da Dynamic Island.

No final das contas, a melhor notícia que um usuário Android pode ter é que não precisou pagar uma fortuna para ter uma tela com um espaço útil mais bem aproveitado. Por mais interessante que a Dynamic Island seja, ter uma área maior de interação com o sistema operacional pode custar muito mais barato que um novo iPhone.

 

Então… o que é melhor?

De novo: não existe uma resposta certa para essa pergunta.

Na grande maioria dos casos, a resposta vai depender exclusivamente das preferências que o indivíduo quer ou prioriza em um smartphone, além do fato do sistema operacional que ele escolheu utilizar.

Se você dá preferência para o iPhone e iOS e se interessou pelo iPhone 14 Pro ou iPhone 14 Pro Max por outros fatores que vão além da Dynamic Island, não tem muito por onde correr: vai receber a nova funcionalidade de interação no dispositivo, e certamente vai gostar dessa solução muito mais do que o notch na tela.

Agora, se você entende que não vale a pena pagar uma fortuna só por causa de um elemento interativo na tela que pode eventualmente atrapalhar na hora de ver filmes e séries no smartphone ou durante a execução de games no dispositivo, vai acabar optando por um telefone Android com um furo na tela.

Por mais elegante que a Dynamic Island seja (e ela é: sinceramente, essa solução é muito melhor que o notch em todos os aspectos), pagar a mais por causa disso não é apenas um gasto desnecessário, mas também uma supervalorização de uma funcionalidade que será copiada pelos desenvolvedores Android em um curto espaço de tempo.

Mas tudo o que eu escrevi neste artigo é apenas a minha opinião. Você é livre para comprar o dispositivo de sua preferência. Afinal de contas, o dinheiro é seu, e você faz o que quiser com ele.

Só estou apresentando todos os elementos envolvidos para que os mais indecisos tomem a melhor decisão, pensando sempre nas prioridades e necessidades.


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