Há dois anos, a Google (agora Alphabet) apresentava o Project Wing, iniciativa para fabricar drones que realizariam entregas de pacotes, algo parecido com o que a Amazon testa a alguns anos. Nos dois casos, os testes desses drones em solo norte-americano foram uma dor de cabeça por falta de regulamentação e restrições da FAA, que regula o tráfego aéreo.
A Amazon teve que lançar o seu plano piloto no Reino Unido, e a Google fez o mesmo na Austrália. Mas a FAA fez ajustes nos seus requisitos para receber os testes nos Estados Unidos.
A Google foi a primeira a receber autorização para testes, e agora anuncia o delivey de comida, em parceria com a rede de comida mexicana Chipotle.
Google e Chipotle para o compartilhamento de comida
A Alphabet confirma que na semana que vem inicia os testes com drones mensageiros nos Estados Unidos, dentro da Universidade de Virginia Tech, com a exclusiva missão de entregar burritos dentro do campus.
Isso acontece porque a instituição pertence à Associação de Aviação do Atlântico Médio (MAAP), o que viabilizou o acordo com a FAA, que vai compilar dados e ajustar as regulamentações e procedimentos operacionais para a implementação dos drones nos Estados Unidos, e sem afetar o espaço aéreo do país.
A parceria com a Chipotle vai permitir que os drones decolem de um food truck localizado dentro do campous, e levem os pacotes até os dormitórios da universidade, com testes de envio de vários formatos de pacotes, para que o burrito chegue quente e em boas condições.
O projeto servirá para a Google colocar em testes os seus drones com o objetivo de aperfeiçoar a segunda geração do Project Wing, além de ajustar os mecanismos automatizados do sistema de voo e entrega.
Por conta da regulação vigente, cada drone terá um piloto que estará monitorando o tempo todo a aeronave. Cada drone é programado por software, e funciona de forma autônoma por meio de coordenadas, sem falar que eles são proibidos de voarem diretamente acima das pessoas.
O projeto tem duração de um ano, e pode ser ampliado de acordo com as necessidades. A Google quer que, no final de 2017, seja implementada a primeira frota de entrega oficial de forma pública e comercial.
Via Bloomberg