O brasileiro médio não merece um dia de paz…
Não basta a inflação, a cobrança pelos produtos importados abaixo dos US$ 50 e descobrir que a Coca-Cola Zero é a mais vendida do Brasil. O grupo Disney decide aumentar os preços dos seus serviços de streaming no Brasil logo agora.
Tá, eu sei que a Disney não aplicou nenhum aumento em suas plataformas desde que lançou o serviço por aqui, e sei que só agora alinhou o valor do Combo Plus ao preço cobrado pelo plano mais caro da Netflix.
Mesmo assim… vamos ficar mais pobres para ver Marvel, Star Wars e esportes na ESPN.
Os novos valores dos serviços de streaming da Disney
Considerando que este é o primeiro reajuste dos serviços de streaming da Disney no mercado brasileiro, podemos concluir que o Mickey decidiu aplicar todos os aumentos acumulados possíveis e imagináveis dos últimos anos.
A impressão que fica é que a Disney aprendeu com os proprietários de apartamentos aqui de Florianópolis, e decidiu recuperar a todo custo os prejuízos sofridos durante a pandemia. Pois só essa teoria explica os novos valores dos serviços.
Em termos práticos, os novos valores pesam mais no bolso a longo prazo mesmo, principalmente no caso do Star+, que registrou um aumento de preço de quase 25%.
A seguir, os novos valores para todos os produtos e combos dos serviços de streaming da Disney:
- Disney+ de R$ 27,90 para R$ 33,90
- Star+ de R$ 32,90 para R$ 40,90
- Combo+ de R$ 45,90 para R$ 55,90
- Star+, Disney+ e Lionsgate de R$ 55,90 para R$ 59,90
Os novos valores já estão em vigor no Brasil, e a boa notícia aqui é que não temos alterações nos serviços agregados, incluindo nas quantidades de tela, compartilhamentos, perfis de compras, entre outros.
Pelo menos a Disney não está fazendo como as coleguinhas Netflix e Warner, que aumentaram os valores das plataformas (ou mudaram de nome para oferecer menos conteúdos) mas cobrando um valor maior do pobre office boy que só quer assistir ao jogo do Flamengo na Libertadores na quarta-feira à noite.
Pelo menos neste primeiro momento, não há aumentos para os planos com contratação anual (com 12 meses pagos antecipadamente), e os reajustes aparentemente vão impactar os clientes com pagamento mensal.
Também não há informações se os valores dos clientes do Mercado Livre que são assinantes do Nível 6 (o que garante a oferta do Combo Plus de graça) terão os seus valores de mensalidade reajustados ou planos alterados.
Ainda vale a pena?
Bom, considerando tudo o que os serviços de streaming da Disney entregam e, principalmente o plano Combo Plus, ainda vale a pena.
Tá, eu sei fazer contas, e compreendo perfeitamente que o Combo Plus está R$ 10 mais caro, e no final do ano essa diferença de R$ 120 é grande o suficiente para repensar a escolha. Porém, você sempre poderá optar pelo plano Anual desse combo e pagar menos nos dois serviços (neste caso, Disney+ e Star+).
Sem falar que ainda tem os combos dos dois serviços com o Globoplay, o que também pode resultar em um valor menos caro para o assinante.
Bom, também não vou ficar tapando o sol com a peneira. Esses planos não estão perto de serem considerados baratos quando olho especificamente para o preço sugerido. A Disney está valorizando o seu conteúdo, que é o grande trunfo dessa plataforma.
Mas o que manda mesmo para o consumidor final é o preço sugerido por cada produto ou serviço. E nesse momento, Amazon Prime Video e Apple TV+ esfregam as mãos, já que estão muito satisfeitas com o fato de a concorrência cobrar bem mais caro do que essas duas plataformas.
O tempo vai mostrar quem tinha razão. Eu ainda vou manter minha assinatura do Combo+ por causa do enorme desconto do Mercado Livre. Mas se as regras do jogo do streaming mudaram, não vou me esforçar muito em ser tão fiel ao Mickey e seus conteúdos.